Chuva melhora situação para o gado no RS

As chuvas seguidas pelo aumento da temperatura trouxeram um alento aos pecuaristas da Campanha, no Rio Grande do Sul, segundo a Emater-RS/Ascar. Embora o gado permaneça com o seu estado corporal ruim, o estado sanitário se mantém razoável.

A expectativa dos criadores é que, com o aumento da umidade, associada à elevação da temperatura, haja uma rápida recuperação do campo nativo, que já começou a rebrotar. Caso isso ocorra, reduzem-se os riscos de morte de animais, decorrentes de um quadro de desnutrição. Essa situação em algumas localidades está provocando preocupação aos produtores, uma vez que se aproxima o período forte das parições e as reservas de alimento estão muito baixas, pondo em risco principalmente as vacas de cria. A exceção fica por conta dos animais que são mantidos nas pastagens cultivadas. Contudo os técnicos alertam que esta será uma recuperação lenta, uma vez que o pasto está muito tenro, dispõe de pouca fibra e seu volume segue bastante baixo.

Os valores pagos aos animais disponíveis para o abate seguem apresentando uma tendência de queda no mercado local, decorrente da entrada de carne proveniente do Centro-Oeste do país e do aumento da oferta de animais criados nas pastagem cultivadas. Essa situação está impedindo uma reação positiva dos preços do gado de recria, apesar das condições das pastagens estarem mais favoráveis para receberem os animais. A expectativa dos pecuaristas da zona Sul do Estado é semelhante aos criadores da Campanha. O mercado do boi gordo manteve a tendência de queda, com preço médio passando de R$ 2,61 para R$ 2,58 o kg vivo, variação negativa de 1,15%. A mesma tendência vem registrando a vaca gorda, com preço médio passando de R$ 2,35 para R$ 2,31 o kg vivo, queda de 1,70%.

Adriane Bertoglio Rodrigues

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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