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Apesar das dificuldades climáticas, com chuva escassa e mal distribuída, a pecuária avança nas áreas semi-áridas do Paraguai, desbravadas a partir de 1930 pelos primeiros imigrantes menonitas refugiados da União Soviética. Estima-se um potencial de produção de até 30 milhões de cabeças de gado. Hoje o rebanho é de seis milhões de animais. No Chaco Central, já são produzidas 55% da carne exportada pelo país.
Localizado nos três departamentos da Região Ocidental do Paraguai, o Chaco tem uma área de 247 mil Km2. Apesar de ocupar 60% da superfície do país, devido ao clima adverso e à infra-estrutura precária, tem apenas 100 mil habitantes, cerca de 2,5% da população. Com a expansão dos rebanhos, o valor da terra está aumentando. Um hectare que há poucos anos era comprado por 40 dólares, hoje já custa cerca de 200 dólares.
Um dos novos pecuaristas da região é Victor Maehara, 48 anos, que há cinco anos começou a implantar no Chaco a Agropecuária Ita Ka´avo. Atualmente, ele está com 13 mil cabeças de Braford, Brangus e Brahman (cerca de 1,5 animal por hectare), 8 mil hectares de pastagens, 500 hectares com sorgo e milho para ensilagem e uma área experimental de soja com 90 hectares. Seu projeto prevê 50 mil animais em 30 mil hectares.
“Muitas estâncias da região sobrecarregaram a terra e acabaram inviabilizando a produção. Por isso procuramos manter a cobertura do solo para conservar sua textura e a umidade. Tem que saber manejar e fazer aos poucos para implantar um sistema produtivo sustentável no Chaco paraguaio”, adverte o pecuarista, que durante o inverno utiliza um sistema de confinamento para aumentar o peso do gado.
Para os serviços na propriedade, Victor Maehara utiliza uma frota de tratores Massey Ferguson da Série 200. Ele destaca o desempenho do MF 290 com reversão automática e do MF 290 com Conjunto Redutor Creeper, que proporciona velocidades de deslocamento muito baixas, mantendo alta a rotação na tomada de força. E explica assim sua opção pelas máquinas: “Conheço a marca há 45 anos, por isso tenho confiança”.
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