Sicredi disponibiliza R$ 50,6 bilhões para safra 2022/2023
Expectativa é realizar cerca de 272 mil operações de fomento ao agronegócio no novo ciclo
Com percentual de adesão de 91% e 88,6% da área plantada com algodão na Bahia certificados, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) concluiu, na última semana, a etapa de certificações, para a safra 2021/2022, do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). O número é superior aos 87,5% ao que a Abapa esperava para este ciclo, quando do início das auditorias, em abril, e representa um incremento em torno de 6% ao registrado na safra anterior. Foram certificadas 78 fazendas associadas à entidade, que, juntas, somam 267,2 mil hectares. Os produtores habilitados ao programa ABR também podem, automaticamente, ser chancelados pelo programa internacional Better Cotton Initiative (BCI).
O ABR é o programa de sustentabilidade implementado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que é executado pelas suas associadas, nos estados produtores da fibra. A certificação, na Bahia, foi realizada pela certificadora de terceira parte Genesis Group, escolhida dentre as três possíveis, de acordo com as regras do programa. A adesão ao programa de sustentabilidade é voluntária e inclui um longo e rígido protocolo de boas práticas agrícolas. A lista contempla 201 itens, só na fase de verificação para diagnóstico que antecede a certificação, e outros 183 para a finalização do processo. Esses requisitos estão fundamentados nos três pilares da sustentabilidade (ambiental, social e econômico) e abarcam desde os aspectos gerenciais dos empreendimentos agrícolas, até o cumprimento da legislação brasileira Ambiental e Trabalhista, que são consideradas das mais avançadas do mundo.
Mesmo com tantas exigências, um considerável número de produtores que se habilitaram ao ABR/BCI alcançou a marca de Zero Não-Conformidades, o que, segundo o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, reflete o cuidado e o “preciosismo” do cotonicultor baiano na busca pela sustentabilidade de suas fazendas. “Quando os produtores de algodão do Brasil criaram o programa ABR, eles se dispuseram a ir além, até mesmo da grande referência internacional em licenciamento de pluma sustentável, que é a BCI. Enquanto a ONG Suíça estabelece 25 itens a serem cumpridos, nós definimos 201. Por isso quem é ABR, automaticamente, é BCI. Isso mostra o quanto a sustentabilidade é uma prioridade para nós, e explica também a escalada do algodão brasileiro na preferência da indústria em todo o mundo”, afirmou.
O Grupo Schmidt Agrícola foi um dos que passaram em 100% dos requisitos de conformidade. “Esta conquista não é mérito apenas da alta gestão de um empreendimento agrícola. Nós a devemos, principalmente, à adesão dos nossos times. O colaborador entende, por exemplo, que as exigências relativas à Segurança do Trabalho ou ao cuidado com o meio ambiente traz benefícios individuais e coletivos. Por isso eles se engajam com muita vontade”, afirma Paulo Schmidt. Ele lembra que o programa ABR certifica a propriedade rural como um todo, e não apenas a produção de algodão das fazendas participantes. “No final, o empreendimento, como um todo, é beneficiado. Evoluímos, como produtores”, conclui.
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