Plantas medicinais em debate em SP
As perspectivas econômicas e as oportunidades do setor agrícola aqueceram as discussões do 24º Seminário da Cooplantio – “Agronegócio: Ciclos e Oportunidades”. No segundo dia do evento, os 1.330 produtores rurais que circulam pelo Hotel Serrrano, em Gramado, puderam conhecer um pouco mais sobre tecnologias e processos produtivos do agronegócio brasileiro e internacional e também discutir sobre a atualização do Código Florestal.
As atividades de quinta-feira foram fechadas pelo músico Renato Borghetti, que animou os participantes em sua apresentação. O Seminário, realizado pela Cooplantio - Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto, encerra-se sexta-feira (03/07), na Serra gaúcha.
A senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), trouxe para pauta a Atualização do Código Florestal. Conforme a senadora, o decreto publicado no final do ano passado escandalizou o País, criminalizando todos os produtores rurais brasileiros. Isto fez com que o governo federal adiasse a aplicação rigorosa para dezembro de 2009. “Se a legislação fosse 100% cumprida hoje, 71% do território estaria com cobertura florestal no Brasil e sobrariam apenas 29% para cidades, infra-estrutura e produção”, lembrou Kátia Abreu, que foi aplaudida de pé pelos produtores.
O mercado dos fertilizantes foi um dos destaques da palestra Perspectivas da Agropecuária Brasileira e do Mercado de Fertilizantes em 2009, ministrada pelo professor de Economia Agrícola da Fundação Getúlio Vargas e sócio-consultor da MB Agro e da Ruralcon Consultoria em Gestão Agropecuária, Alexandre Mendonça de Barros. Para ele, o fundo do poço dos preços já chegou e está passando, devendo haver um aumento da demanda e, consequentemente, um ajuste nos valores. “Saímos de uma economia agrícola orientada pela oferta e avançamos para uma agricultura orientada pela demanda. Acredito que ainda vamos viver uma instabilidade, mas já notamos sinais de reaquecimento”, frisou Barros, ressaltando que o mercado de fertilizantes deve se manter igual ao do ano passado, chegando a 22,5 milhões de toneladas este ano.
A evolução da biotecnologia no Brasil e no mundo foi tema da palestra do diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Monsanto do Brasil, o engenheiro agrônomo Ricardo Miranda. “A biotecnologia já é uma realidade mundial e pode levar a uma produtividade além da já alcançada”, destacou. Segundo ele, o Brasil deve chegar ao segundo lugar na utilização de biotecnologia em, no máximo, duas safras, ultrapassando a Argentina, que figura na posição atrás dos Estados Unidos. “A agricultura brasileira tem uma projeção internacional. Estamos em um patamar diferenciado, somos muito competitivos e vamos continuar expandindo”.
O segundo dia contou ainda com as palestras A Tributação na Atividade Rural, de Sidnei Peres Gonçalves, diretor da Affectum Auditoria e Consultoria Empresarial; Manejo e Resistência de Plantas Daninhas no Sistema de Produção de Soja e Milho, de Mario Antonio Bianchi, pesquisador da Fundação Centro de Experimentação e Pesquisa Fecotrigo; Manejo e Resistência de Plantas Daninhas em Arroz, de José Alberto Noldin, pesquisador da Epagri e coordenador do Projeto de Pesquisa de Arroz/Epagri; Evolução e Aplicação Prática da Agricultura de Precisão, de Telmo Amado, coordenador técnico do Projeto Aquarius de Agricultura de Precisão e pesquisador do CNPq.
O público feminino também teve uma programação especial: o encontro de Martha Medeiros, colunista dos jornais Zero Hora e O Globo; e Tânia Carvalho, apresentadora da TVCOM e da Rádio Gaúcha, no Divã da Martha Medeiros.
Fonte: Luciana Brambilla Relações Públicas & Imprensa -
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