Câmara de Hortaliças apresenta ações do programa de produção integrada
Muitos já ouviram falar do Protocolo de Kyoto, um consenso mundial criado para controle das emissões de carbono apontadas como causadoras das mudanças climáticas. Mas poucos sabem que as recomendações ambientais preconizadas pelo acordo internacional estão sendo postas em prática pelo Protocolo de Maracanaú (Ceará), projeto de ação climática, desenvolvimento comunitário e proteção da biodiversidade da prefeitura do município da Região Metropolitana de Fortaleza em parceria com a empresa CarbonoFixo.com, incubada da Intece e pelo Proeta, utilizando tecnologia da Embrapa Agroindústria Tropical.
O Protocolo de Maracanaú é um programa de governo em parceria com a iniciativa privada, sociedade civil e população em geral para efetivação do Plano Municipal sobre Mudança do Clima. Ednaldo Vieira do Nascimento, diretor administrativo da CarbonoFixo.com, alerta que a pegada de carbono – quanto dióxido de carbono é produzido numa determinada atividade – vai ser uma restrição tarifária nos negócios. “Se o empresário não tiver visão e se antecipar, principalmente na exportação, a empresa pode estar fadada ao insucesso”, ele afirma.
A CarbonoFixo.com opera no inovador mercado oficial e voluntário de crédito de carbono (florestal e não-florestal). A empresa elabora projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo e outras soluções de tecnologias em responsabilidade socioambiental na busca do equilíbrio dos ecossistemas, da minimização e recuperação dos impactos das atividades empresariais, e aponta para a construção de uma nova relação homem-natureza.
“Quero ser empresário sem perder meu DNA ambiental”, observa o empreendedor social Ednaldo Vieira ao lembrar seus 15 anos militância ambiental nos ecossistemas do Ceará como membro fundador da Fundação Mata Atlântica Cearense. Segundo ele, a parceria com a Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE), através do Programa de Incubação de Agronegócios (Proeta), ajudou a alavancar os negócios da oferta de soluções tecnológicas de responsabilidade socioambiental -, pela credibilidade da instituição e pelo know how da tecnologia.
Pioneira no estado na oferta de projetos de crédito de carbono florestal – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) – para o mercado, a empresa trabalha com o protocolo oficial para o plano de eficiência em carbono. É destaque no portfólio da empresa o trabalho de mitigação das atividades de mineração da Britacet para atenuar e compensar os impactos ambientais condicionados à extração de bens minerais (pedras britadas) no morro da Monguba, em Maracanaú.
A execução do plano incluiu a doação à Fundação Mata Atlântica de uma estufa, suportes, tubetes e um reservatório de água de 500 litros para consolidação de um viveiro de mudas nativas na sede da ONG, pela empresa Britacet, com a criação de um banco de sementes de espécies nativas, implantação de uma estufa e de um viveiro na sede da empresa para produção de mudas de espécies nativas para reflorestamento, recuperação de áreas degradadas na mineração. A parceria livrou de problemas nos órgãos ambientais a empresa, que passou a receber periodicamente mudas de espécies nativas e a assumir o compromisso de doar substratos (terra) da mineração para recuperação de solo e produção de mudas na cidade de Maracanaú.
Flamínio Araripe
Proeta
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