Caravana técnica avalia trigo no Brasil Central

08.07.2011 | 20:59 (UTC -3)
Joseani M. Antunes

Um grupo de 12 pesquisadores da Embrapa Trigo, com sede em Passo Fundo/RS, está em viagem pela Região Centro-oeste do País para avaliar fatores que promovem ou limitam a triticultura no Cerrado, além de estabelecer redes para atender às demandas de pesquisa para a expansão e sustentabilidade na produção do cereal. A caravana do trigo está percorrendo quatro estados (DF, GO, MG e MS), na semana de 4 a 10 de julho, visitando lavouras, conversando com técnicos e produtores, lideranças políticas e instituições públicas.

Em 2010, a diretoria executiva da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) aprovou o projeto de expansão da pesquisa com trigo no Brasil Central, apresentado pela Embrapa Trigo para atender demandas do setor produtivo. Dentro do programa de triticultura no Cerrado brasileiro, está prevista a instalação de uma estação experimental, em Uberaba, MG, com equipe própria para atuar como suporte às ações de pesquisa e de transferência na região. “A Embrapa Trigo já contava com pesquisadores atuando no trabalho com trigo no Cerrado, sediados em outras Unidades da Empresa. A dispersão, ao mesmo tempo em que permitia maior capilaridade nas atividades, dificultava o planejamento e a condução das ações da pesquisa e transferência. O estabelecimento de uma estrutura para trigo, com área de campo à disposição de uma equipe especializada na cultura, permite alcançar melhores resultados tanto na pesquisa, quanto na articulação com parceiros e extensão rural”, afirma o chefe-geral da Embrapa Trigo, Sergio Roberto Dotto.

O grupo que integra a caravana técnica do trigo é formado por diferentes especialidades, com pesquisadores em melhoramento de plantas, doenças, biotecnologia, sistemas de produção, pós-colheita, gestores e analistas de transferência de tecnologia. Conforme a chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Trigo, Ana Christina Albuquerque, a partir de visitas às lavouras de trigo, com sistema de cultivo tanto de sequeiro quanto de irrigado, será possível para o grupo a percepção in loco das problemáticas que afetam a cultura na região e que dificultam sua expansão. “Problemas com doenças como a brusone, adaptação das cultivares ao ambiente e aos sistemas de produção do Cerrado e com qualidade tecnológica adequada ao uso, são apenas alguns dos fatores que têm limitado a expansão do trigo para esta região, tão promissora para a cultura no Brasil”, afirma Ana Christina.

No roteiro das visitas estão propriedade rurais, como as fazendas Pamplona e Goiás Verde (GO), Grupo Rochetto e fazenda Itiguapira (MG), instituições de pesquisa como Embrapa Cerrados (DF) e Embrapa Agropecuária Oeste (MS), e instituições de assistência técnica e extensão, como Coopadap e Epamig (MG). Como resultado desta ação, a Embrapa Trigo busca estabelecer ações de pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologias destinadas à região, contando com o envolvimento de parceiros em toda a cadeia produtiva do trigo.

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