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A Safra de Inverno 2025 no Rio Grande do Sul promete uma colheita 2,25% maior do que a do ano anterior. Segundo a Emater/RS, a produção de trigo, aveia branca, canola e cevada deve alcançar 4.936.010 toneladas. Os dados foram apresentados em coletiva nesta segunda-feira e ainda podem sofrer revisões.
O cultivo total desses grãos ocupará 1.830.092 hectares — retração de 2,78% em relação ao ciclo anterior. Mesmo com menos área, a produtividade geral mostra avanço. A canola é o principal motor desse crescimento. Vai ocupar 203.206 hectares, salto de 37,41% sobre a safra passada. A produção projetada é de 352.893 toneladas, um incremento de 68,99%.
Santa Rosa lidera a produção de canola com 57.685 hectares, seguida de Ijuí (48.021 ha), Santa Maria (45.475 ha) e Bagé (28.589 ha). A expansão da cultura reflete o interesse das indústrias e a liquidez do grão. O diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, destaca também o avanço da carinata (Brassica carinata) como nova alternativa de cultivo.
As aveias branca e preta seguem a tendência de crescimento. A branca deve alcançar 904.375 toneladas, aumento de 11,78% com produtividade média de 2.250 kg/ha. O crescimento de área plantada, 8,91%, indica uma preferência dos produtores por culturas de menor custo. “Reflexo do momento econômico”, avalia Baldissera.
O trigo, principal cultura de inverno, perdeu espaço. A área caiu de 1.331.013 hectares em 2024 para 1.198.276 hectares este ano — redução de 9,97%. Mesmo com produtividade 7,77% maior, a produção prevista é de 3.591.330 toneladas. Isso representa queda de 2,95% frente à safra passada.
A decisão de reduzir a área plantada com trigo, segundo Baldissera, mostra planejamento e profissionalismo. Mas exige do agricultor novas estratégias, especialmente diante das limitações de crédito e do alto custo de implantação. O trigo segue como o grão mais líquido, enquanto a aveia encontra mercado mais restrito.
A cevada acompanha a retração. A área destinada à cultura caiu 21,97%, somando 27.337 hectares. A produção deve atingir 87.413 toneladas, redução de 19,90%. A menor aposta na cevada decorre do risco da cultura e da escassez de recursos, o que reflete o menor interesse por financiamentos.
O apoio financeiro do Plano Safra cobre apenas 40% da área até o momento. Em 2024, esse índice era de 70% no mesmo período. O cenário de endividamento dos produtores e as dificuldades para acessar o Proagro influenciaram nas decisões de plantio.
Sobre carinata, veja também: Petrobras e Embrapa assinam cooperação para pesquisas em produtos de baixo carbono e fertilizantes
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