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Em encontro realizado no auditório da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, representantes da Câmara Técnica da Sociobiodiversidade debateram sobre as ações a serem tomadas para a elaboração do Plano Nacional do setor. Na oportunidade, estiveram presentes na reunião, representantes das Reservas Extrativistas do Bico do Papagaio, da APA – Área de Proteção Ambiental do Cantão e do Jalapão, além de técnicos do Incra e o consultor Nacional do Babaçu, Fábio Melo, representando o MMA – Ministério do Meio Ambiente.
No encontro foram debatidas diretrizes para a elaboração do Plano Nacional da Sociobiodiversidade, meta que já foi debatida, em encontro anterior, realizado entre os dias 25 e 26 de junho, na cidade de Silvanópolis/TO.
O evento teve breve abertura com fala do superintendente de Assentamentos e Agricultura Familiar, Marcelo Gualberto Caldeira, que elencou as lutas do setor. “Ações como esta reunião são de suma importância para que nossas demandas cheguem aos nossos representantes em Brasília e a agricultura familiar seja fortalecida”, disse.
Para o senhor Antônio Bezerra, conhecido como Antônio Cipriano, um dos presidentes do CNPE - Conselho Nacional das Populações Extrativistas, frisou que a maior necessidade dos produtores na região do Bico do Papagaio é conseguir capital de giro para que a empresa local de beneficiamento do coco do Babaçu consiga produzir. O marido de dona Raimunda quebradeira frisou que “de lá nós produzimos óleo, o sabonete, o sabão. O que precisamos é de capital de giro para que nossa indústria possa trabalhar”, alertou.
Presente no encontro, o consultor nacional do Babaçu, Fábio Melo, ressaltou a importância de a Seagro fomentar encontros como o da Câmara Técnica da Sociobiodiversidade. “Eu acho muito importante. Entre os Estados prioritários do Babaçu, o Tocantins é o único que vem articulando melhorias para o setor, junto ao Governo Federal”, salientou.
O consultor ainda frisou que o fortalecimento de entidades representativas de comunidades extrativistas, ajuda a fortalecer a atividade como um todo. Para o representante do MMA, mesmo com a importância econômica das monoculturas, a atividade extrativista necessita de ações que fomentem o setor. “Eu acho que não só para o Babaçu. O fortalecimento desta Câmara resulta na possibilidade de fortalecer o agroextrativismo”, ponderou.
Para a engenheira agrônoma e representante da Sociobiodiversidade no Tocantins, Francisca Marta Barbosa, esta reunião foi importante principalmente pela ampla participação das entidades extrativistas do Tocantins. Além disso, Francisca Marta destacou a assiduidade destes grupos nas reuniões da Câmara Técnica da Sociobiodiversidade. “E as (entidades) que estão aqui fizeram propostas no sentido de fortalecimento da atividade”, completou.
A reunião que começou nesta tarde, no auditório da Seagro, e terá continuidade amanhã, quando serão definidas as ações do Plano Nacional da Sociobiodiversidade.
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