Câmara Setorial debaterá uso do Dicamba na safra gaúcha de soja

Pauta foi proposta pela Aprosoja/RS que pediu apoio da SEAPDR para levar mais informações aos produtores rurais

20.10.2021 | 20:59 (UTC -3)
SEAPDR

Prevista para 27 de outubro, reunião da Câmara Setorial da Soja, ligada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), irá discutir temas associados ao uso do herbicida hormonal Dicamba na safra 2021/2022 e à distribuição de insumos e fertilizantes no âmbito estadual. Esta pauta foi proposta pelo presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/RS), Décio Teixeira, que esteve na SEAPDR nessa terça-feira (19/10).

A safra 2021/2022 será a primeira do país com uso comercial da soja tolerante ao Dicamba, agroquímico que vem sendo questionado por entidades como a Aprosoja. “Esse produto é muito mais volátil do que o 2,4-D, chegou a ser suspenso em 2020 nos Estados Unidos e, portanto, o Rio Grande do Sul tem que ser pioneiro emitindo um alerta aos produtores”, alegou Teixeira, pedindo o apoio da SEAPDR. O presidente da Aprosoja apontou ainda que outra preocupação refere-se à escassez de insumos e fertilizantes no mercado, o que gera elevação de preços e reduz as possibilidades de escolha entre um produto e outro.

A partir disso, a SEAPDR decidiu levar estes temas para a reunião setorial, ocasião em que ouvirá também outras federações, como Farsul e Fetag, a fim de ampliar as visões sobre a pauta sugerida. Serão convidados ainda representantes da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) e Associação Brasileira de Defensivos Pós-Patente (Aenda) para explicar a conjuntura do fornecimento de insumos no Estado para este ciclo da soja, que tem o plantio intensificado a partir de agora.

O secretário adjunto da Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez Junior, lembra que a aplicação dos agroquímicos hormonais, como o 2,4-D e o Dicamba, são alvos desde 2019 de Instruções Normativas que regulamentam o uso deste tipo de herbicidas no Rio Grande do Sul, o primeiro Estado a elaborar regras com intuito de aprimorar e fiscalizar o manejo correto dos defensivos agrícolas e reduzir a deriva sobre as culturas sensíveis.

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