Câmara de Vereadores de Bagé realiza Sessão Solene na sede da Embrapa Pecuária Sul

27.06.2013 | 20:59 (UTC -3)
Embrapa Pecuária Sul

A Câmara de Vereadores de Bagé realizou na tarde desta quinta-feira (27), sessão solene na sede da Embrapa Pecuária Sul em homenagem aos 40 anos da empresa, comemorado no dia 26 de abril deste ano. Durante a sessão, o Presidente da câmara, vereador Paulinho Parera entregou uma placa ao Chefe Geral da Embrapa Pecuária Sul, Alexandre Varella em alusão ao aniversário da instituição.

O Presidente da câmara destacou em seu discurso a importância da Embrapa para o desenvolvimento da agropecuária de todo país e da unidade de Bagé para a região. “Muitas vezes a comunidade não conhece a importância do trabalho da Embrapa, principalmente ao possibilitar que nossos produtores introduzam novas tecnologias no campo”, ressaltou Parera. Ainda segundo o vereador, a ideia de realizar uma sessão nas dependências do centro de pesquisa, foi uma forma de valorizar ainda mais o trabalho da Embrapa e de todos os seus funcionários.

Já o Chefe Geral da Embrapa Pecuária Sul, Alexandre Varella, salientou o papel da Embrapa no grande salto que o setor agropecuário brasileiro vivenciou nas últimas décadas. “Nesse período, a produtividade da agropecuária nacional cresceu 200%, tornando o país um dos principais produtores de alimentos do mundo”, disse. De acordo com Varella, a unidade sediada em Bagé contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento regional, fortalecendo as cadeias produtivas de bovinos de corte e de leite e da ovinocultura.

Na década de 1970, a agricultura se intensificava no Brasil. O crescimento acelerado da população e da renda per capita, e a abertura para o mercado externo mostravam que, sem investimentos em ciências agrárias, o País não conseguiria reduzir o diferencial entre o crescimento da demanda e o da oferta de alimentos e fibras.

Em 7 de dezembro de 1972, o então presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, sancionou a Lei nº 5.851, que autorizava o Poder Executivo a instituir empresa pública, sob a denominação de Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura. A primeira Diretoria da Embrapa foi empossada em 26 de abril de 1973, no Ministério da Agricultura, dando início de fato para as atividades da empresa.

A Embrapa é um caso de sucesso reconhecido no mundo. Isso, graças a visionários que criaram uma empresa sem precedentes. Com excelente organização/gestão, a estatal transformou o País na agricultura e incluindo o negócio dos bois, dos suínos, das aves, das florestas etc. A embrapa foi responsável, direta ou indiretamente pelos principais avanços da agricultura brasileira desde a década de 1970. Entre eles, estão a tropicalização da soja e de frutas típicas de clima temperado, como a maçã, além da autossuficiência na produção de cereais e oleaginosas, como o milho e a soja, possibilitando ao Brasil se tornar um grande exportador no cenário mundial.

A Embrapa atua por intermédio de Unidades de Pesquisa e de Serviços e de Unidades Administrativas, estando presente em quase todos os Estados da Federação, nos mais diferentes biomas brasileiros. Para ajudar a construir a liderança do Brasil em agricultura tropical, a Empresa investiu sobretudo no treinamento de recursos humanos; possui 9.783 empregados, dos quais 2.389 são pesquisadores - 18% com mestrado, 74% com doutorado e 7% com pós-doutorado (dado de 31.12.2011). O orçamento da Empresa em 2012 foi R$ 2,3 bilhões.

O Centro de Pesquisa de Pecuária dos Campos Sul-Brasileiros, Embrapa Pecuária Sul, é uma das Unidades descentralizadas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Localizado em Bagé, no estado do Rio Grande do Sul, ocupa a base física de um antigo imóvel rural denominado Estância “Cinco Cruzes”. O imóvel foi adquirido pelo Banco do Brasil S.A. como pagamento de dívida hipotecária e, posteriormente, revendido para a União Federal.

A Unidade foi criada em 13 de junho de 1975 e carrega em sua história um passado marcante pela atuação que teve como “Fazenda Cinco Cruzes”, onde foram realizadas estações de monta provisórias, instalações de plantéis, produção de cordeiros de corte, inseminação artificial em ovinos e fomento à produção de gramíneas e leguminosas. Realiza pesquisas em sanidade animal, forrageiras, melhoramento genético animal e vegetal, ciência da carne, nutrição animal e agroecologia entre outros buscando aumento na qualidade, produtividade e economia na pecuária, considerando a preservação ambiental. A Unidade tem um campo experimental de 2.800 hectares, onde estão instalados os pesquisadores e os laboratórios de pesquisa. A unidade conta atualmente com 117 funcionários, sendo cerca de 30 pesquisadores.

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