Calagem potencializa produção e lucratividade das lavouras

A técnica consiste em aplicar calcário no solo para corrigir sua acidez e fornecer nutrientes para as plantas

19.12.2024 | 14:29 (UTC -3)
Maria Suely Carvalho

Buscar alternativas que possam assegurar a máxima expressão do potencial produtivo e lucrativo das lavouras é um dos principais objetivos dos agricultores na atualidade e a calagem do solo é um dos recursos que possibilita esse desenvolvimento. De acordo com o extensionista rural social do Escritório Municipal Emater/RS de Salvador das Missões, na região de Santa Rosa, Jaderson Toledo, a técnica de calagem consiste em aplicar calcário no solo para corrigir sua acidez e fornecer nutrientes para as plantas.

“Por meio dela, é possível fornecer cálcio e magnésio para culturas, aumentar o pH do solo, neutralizar o alumínio e estimular o crescimento das raízes, além de ser um processo fundamental para melhorar a qualidade dos solos naturalmente ácidos, característicos do Estado”, explica o extensionista.

Jaderson acrescenta que a adição de calcário ao solo é essencial pois, além de diminuir a acidez, fornece uma quantidade de nutrientes para as plantas, como cálcio e magnésio, evitando a toxidez do alumínio, ferro e manganês, que, em grandes quantidades, podem ser prejudiciais para as plantas. “Sempre que o pH do solo estiver baixo, deve-se aplicar calcário em quantidade suficiente para elevar seu valor de referência. Para as plantas cultivadas, o pH de referência do solo fica na faixa de 5,5 a 6,5. Para a grande maioria o pH 6 é considerado ideal. A nutrição adequada e equilibrada da planta é importante para a formação de um sistema radicular vigoroso e profundo. Portanto, o valor de pH do solo estando na faixa de 5,5 a 6,5, permite uma ótima disponibilização de macro e micronutrientes essenciais ao desenvolvimento das plantas”.

Além disso, o calcário maximiza o efeito dos fertilizantes e aumenta a atividade das bactérias benéficas ao solo, acelerando a decomposição de resíduos e de matéria orgânica, liberando nitrogênio e fósforo, que são nutrientes essenciais para as plantas. O calcário é um recurso abundante no país, possui diversas reservas distribuídas pelos estados e o seu uso é muito incentivado, devido aos diversos benefícios técnicos e de melhoria de solo, além de ser uma prática considerada de alto retorno econômico.

No entanto, Jaderson alerta que aplicação de calcário sem critério pode levar à supercalagem da camada superficial do solo e à indisponibilização de nutrientes. “A decisão de aplicar ou não calcário até a definição da dose, bem como a forma de aplicação, deve passar por avaliação agronômica criteriosa, considerando a possibilidade de resposta econômica da cultura à calagem, na busca não só de alta produtividade, mas principalmente de lucratividade. E nós da Emater estamos aqui para auxiliá-lo a tomar a melhor decisão”, completa o extensionista.

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