Bunge: Relatório de Sustentabilidade alinha expectativas dos stakeholders com a visão estratégica da companhia

23.07.2009 | 20:59 (UTC -3)

Por meio de pesquisas, apoio de consultorias especializadas e do diálogo com a sociedade, a Bunge decidiu focar suas ações de sustentabilidade em quatro áreas distintas. São elas: agricultura sustentável, efeitos climáticos, dietas saudáveis e disposição de resíduos.

Para Adalgiso Telles, diretor corporativo de Comunicação, Marketing Institucional e Desenvolvimento Sustentável da Bunge, o objetivo é aumentar a eficiência das práticas de responsabilidade socioambiental aliadas à governança corporativa das empresas Bunge.

“O diálogo é fundamental para se conseguir o caminho da sustentabilidade. As opiniões dos nossos diversos públicos, como colaboradores, clientes, fornecedores, ONG´s, instituições financeiras, entre outros, direcionam a Bunge para uma produção mais equilibrada, socialmente justa e com o máximo de eficiência na utilização dos recursos disponíveis”, reconheceu o executivo, durante lançamento do relatório de sustentabilidade da companhia - edição 2009, que também apresentou à imprensa a primeira embalagem plástica biodegradável, proveniente de fonte renovável, para alimentos industrializados. A publicação mostra que a empresa tem aprimorado as práticas de relacionamento com seus diversos públicos e incorporado a sustentabilidade em suas ações de mercado. Em curto prazo, a meta da Bunge é tornar-se uma empresa reconhecida internacionalmente por sua gestão em sustentabilidade no Brasil.

Agricultura sustentável

A Bunge destaca que tem se empenhado muito para tornar a produção agrícola sustentável. Para isso, estabelece acordos prévios com fornecedores em respeito à legislação ambiental e trabalhista. Para garantir uma produção mais responsável no campo, a empresa desenvolve uma abordagem em quatro etapas – conscientização para o cumprimento da legislação ambiental e trabalhista, além dos benefícios da agricultura sustentável; capacitação para utilização das melhores práticas; reconhecimento e premiação pelo uso de boas soluções e inovações; sanções previstas em contrato para coibir desrespeitos à legislação. Algumas ações de destaque são os bons resultados da Moratória da soja na Amazônia, prêmio Destaque Bunge Agricultor Brasileiro, cartilha educativa em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, programas de recuperação do cerrado e ações de preservação da mata atlântica, além de relacionamento direto com cerca de 60.000 produtores rurais.

Efeitos climáticos

A Bunge identificou no clima uma de suas frentes de atuação e desenvolve um inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) para apoiar suas ações no mercado, que deverá estar concluído até o primeiro semestre de 2010. O relatório mostra que a empresa já trabalha com 81% de fontes renováveis em sua matriz energética, além de gerar 20% de toda eletricidade que utiliza. Além de metas claras apresentadas no material a empresa já possui uma área interna apenas para tratar de oportunidades do mercado de carbono. Em parceria com a Fosfertil, a Bunge desenvolve ainda um projeto para a redução de emissões que deve gerar 750 mil toneladas de crédito de carbono.

Dietas saudáveis

A qualidade permeia toda a cadeia de valor da Bunge, integrada do campo à mesa, destaca a equipe da empresa. Além de produzir uma linha de produtos com foco na saudabilidade (Cyclus), também participa de iniciativas para aprimorar a cadeia global de alimentos e do agronegócio, como a IPAS – Iniciativa Pró-Alimento Sustentável, por exemplo, criada em 2007 para promover a sustentabilidade nos sistemas agroindustriais brasileiros e no consumo de alimentos. Na área de fertilizantes, em 2008, quatro novos produtos da marca Ouro Verde foram certificadas como orgânicos pelo Instituto Biodinâmico (IBD). A Bunge informa ainda que também participa de iniciativas internacionais que trarão um novo padrão para a avaliação e gestão de dietas saudáveis. Trata-se do suplemento setorial de indicadores de sustentabilidade do GRI, formato internacional para gestão da sustentabilidade.

Disposição de resíduos

A Bunge elegeu a gestão de resíduos como uma de suas prioridades. As medidas abrangem desde o reuso de água, que já atinge o nível de 50% nas fábricas, e dos resíduos derivados das operações nas unidades até cuidados na destinação de embalagens. Para isso, a empresa incentiva programas de reciclagem e de coleta seletiva, adota medidas de controle no descarte de lâmpadas, patrocina a reciclagem de óleo comestível, em parceria com a ONG Instituto Triângulo e apóia o Programa “Sacola Permanente”, que recomenda o uso de sacolas fabricadas com tecido ou fibras de papel. Em 2008, a Bunge investiu R$ 15,2 milhões no tratamento e na disposição de resíduos e emissões. Além disso, a empresa foi a primeira a lançar uma embalagem plástica biodegradável proveniente de fote renovável para alimentos industrializados, para a linha de margarinas Cyclus Nutrycell.

Grupo de classe mundial

O desempenho econômico da Bunge está alinhado com suas metas de se tornar um grupo de classe mundial, informa a empresa. Além de buscar excelentes resultados financeiros, a companhia também contribui para o desenvolvimento econômico das regiões onde atua, por meio da geração de empregos, crescimento dos fornecedores locais e melhoria da qualidade de vida da população regional. Em 2008, o faturamento bruto da companhia atingiu a cifra de R$ 31,7 bilhões e as vendas líquidas chegaram a R$ 22,3 na área de alimentos e R$ 8,2 bilhões em fertilizantes. Investimentos em infra-estrutura pública chegaram a R$ 3,5 milhões.

Diálogo com colaboradores e governança

O capital humano constitui um elo vital na cadeia produtiva da Bunge, que orienta-se pela conduta transparente no diálogo com colaboradores e a governança, destaca a empresa. A companhia segue as normas internacionais de boas práticas trabalhistas, assegura a liberdade de associação e estimula o crescimento profissional. Com investimentos sistemáticos em projetos sociais, as empresas Bunge contribuem para melhorar o nível de educação e a qualidade de vida nas comunidades onde atua. Em 2008, a Fundação Bunge trabalhou com mais de 800 voluntários, 14 mil estudantes e 80 escolas públicas, desenvolvendo programas educacionais, concedendo prêmios e atuando na preservação da memória. O total de investimento social privado pela Bunge no Brasil foi de R$ 9 milhões.

Na área ambiental, o total de investimentos e gastos ambientais atingiu R$ 24 milhões, em atividades como projetos de educação, treinamento, serviços externos de gestão ambiental, certificação externa de sistemas de gestão, pessoal para atividades gerais, pesquisa e desenvolvimento.

Desde 2003, a Bunge informa que vem publicando relatórios sobre o desempenho de suas operações nas áreas econômica, social e ambiental, e a partir de 2005 aderiu ao padrão da Global Reporting Initiative (GRI). Nessa nova edição, pela segunda vez consecutiva, o relatório foi auditado pela BSD Consulting e atingiu o nível A+, sendo uma das únicas empresas operantes no Brasil e setorialmente no mundo, a conseguir essa classificação, respondendo a todos os indicadores do modelo mais aceito internacionalmente.

Karla Mamona

CL-A Comunicações

11 3082-3977

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