Bunge encerra 2024 com queda nos lucros

A empresa reportou um lucro líquido anual de US$ 1,137 bilhão

05.02.2025 | 08:36 (UTC -3)
Revista Cultivar

A Bunge Global SA divulgou seus resultados financeiros para o quarto trimestre e para o ano de 2024, registrando uma queda significativa no lucro líquido em comparação com 2023.

A empresa reportou um lucro líquido anual de US$ 1,137 bilhão, contra US$ 2,243 bilhões no ano anterior. O lucro por ação diluído também caiu, passando de US$ 14,87 em 2023 para US$ 7,99 em 2024. A queda foi impulsionada por menores margens no processamento de grãos e óleos, além de impactos cambiais.

Desempenho por segmento

No setor de agronegócio, a Bunge registrou um EBIT ajustado de US$ 1,515 bilhão em 2024, uma queda de 34% em relação ao ano anterior. O desempenho foi impactado principalmente pela redução na lucratividade do processamento de grãos, especialmente na América do Norte e na América do Sul. Em contrapartida, a divisão de comercialização apresentou melhora, com ganhos no segmento de serviços financeiros, transporte marítimo e comércio global de grãos.

A divisão de óleos refinados e especiais também apresentou um recuo, com EBIT ajustado de US$ 739 milhões em 2024, contra US$ 883 milhões no ano anterior. A queda foi atribuída a um mercado mais equilibrado na América do Norte e à incerteza nas políticas de biocombustíveis dos Estados Unidos.

O setor de moagem teve um desempenho misto. Enquanto a América do Norte apresentou crescimento, os resultados na América do Sul foram mais fracos, resultando em um EBIT ajustado de US$ 93 milhões, contra US$ 85 milhões em 2023.

Já no segmento de açúcar e bioenergia, os resultados refletem apenas um mês de operação devido à venda da participação da Bunge na BP Bunge Bioenergia. O EBIT ajustado caiu para US$ 20 milhões, em comparação com US$ 164 milhões em 2023.

Projeções para 2025

Para 2025, a Bunge projeta lucro por ação ajustado de aproximadamente US$ 7,75, abaixo dos US$ 9,19 registrados em 2024.

A companhia espera uma redução nos ganhos do setor de processamento de grãos, com queda na América do Norte e na Europa, enquanto a comercialização deve apresentar uma leve retração. O segmento de óleos refinados e especiais também deve continuar em baixa, impactado por uma oferta mais equilibrada no mercado norte-americano.

Por outro lado, a expectativa é de crescimento no setor de moagem e na divisão corporativa.

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