Brasil é referência para México na produção de mudas cítricas

13.07.2010 | 20:59 (UTC -3)

Para contribuir com a produção de mudas sadias, a Organização Norte-Americana de Proteção de Plantas convidou o viveirista César Graf, primeiro a produzir mudas em viveiros telados no Brasil, para participar do segundo Workshop Internacional sobre Greening e seu vetor (International Workshop on Citrus Huanglongbing and The Asian Citrus Psyllid), que será realizado em Mérida, a capital do estado de Yucatán, no México, entre os dias 19 e 23 de julho deste ano.

Preocupados com a disseminação do greening, pior doença de citros no mundo, os mexicanos deram os primeiros passos na produção de mudas cítricas em viveiros telados e usam como referência o modelo brasileiro, pioneiro na produção de mudas em sistema protegido.

O objetivo do evento é sensibilizar o governo e a indústria dos países produtores de citros sobre os riscos do greening e seu potencial devastador. "Usando a nossa experiência, darei sugestões e orientações aos citricultores do México, que estão em fase inicial da produção de mudas em viveiros protegidos", afirma Graf.

O viveirista lembra que, mesmo com a presença da doença naquela região, a maioria dos produtores ainda prefere comprar mudas mais baratas, que muitas vezes têm origem e qualidade duvidosa. "O workshop é uma oportunidade para mostrarmos as medidas necessárias para a detecção e controle da doença e do psilídeo, além de identificar medidas que possam impedir um surto de greening."

No dia 21 de julho, Graf falará sobre o papel dos viveiristas no controle do greening e abordará a evolução dos viveiros nos últimos 13 anos, desde a construção do primeiro viveiro protegido no estado de São Paulo em 1997. Em discussão, estarão as mudanças, dificuldades, problemas e resultados no manejo da doença.

Durante a apresentação, Graf, associado da Vivecitrus - entidade que reúne produtores de viveiros protegidos, enfatizará a importância do cuidado com a origem e qualidade do material genético (sementes e borbulhas), pois, além de sadias, as mudas devem ter um alto potencial produtivo.

O México é um importante país para a citricultura com 526 mil hectares de citros. Casos de greening já foram detectados na costa do Pacífico e em Yucatan, no Golfo do México. O país iniciou a construção de viveiros protegidos em 2009, porém a medida ainda não é obrigatória.

Graf foi pioneiro na construção de viveiros telados a partir de 1997. Hoje, é um dos maiores viveiristas do país com unidades nos municípios de Conchal, Rio Claro e Ipeúna. É diretor-presidente da Citrograf, empresa com mais de 40 anos que produz mais de 1,2 milhão de mudas por ano.

Ele foi presidente fundador da Organização Paulista de Viveiros de Citros (Vivecitrus), entidade que reúne viveiristas para o estudo e defesa da produção de mudas cítricas.

Com Texto Comunicação Corporativa

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