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Considerada uma das maiores pandemias registradas no mundo, a Covid-19 gerou diversos bloqueios em centenas de países, transformando o mercado de transporte marítimo em um desafio global. Com reestruturação de quadros de funcionários e quarentenas obrigatórias para tripulações, o momento também foi de alto nível de escassez de produtos.
Um levantamento realizado pelo Grupo Descartes System mapeou o momento pré e pós pandemia e visualizou que o Brasil, apesar do momento crítico, evidenciou um crescimento estável dentro do modal marítimo para suas importações.
Em 2019, o volume de importação marítima atingiu o volume de US$ 133,1 bilhões de reais. Porém, seguindo o mesmo cenário já apresentado dos portos, em 2020, o valor representou US$ 110 bilhões e no em 2021, o total de importações atingiu US$ 160,9 bilhões. Em 2022, mesmo com o fim da pandemia, observou-se uma alta significativa nos números, quanto o volume total importado pelo Brasil chegou a US$ 210,9 bilhões - um crescimento de 31,08% em relação ao ano anterior.
"É importante destacar que houve também um incremento no valor do frete ao longo deste período. A escassez de containers atrelado a diminuição de voos internacionais, também gerou um aumento substancial do modal marítimo", complementa Helen Abdu, Gerente Comercial de Datamyne na América Latina.
Outro personagem importante para o funcionamento destes transportes seriam os portos por todo o país. Em 2019, o Porto de Santos, o maior da América Latina, movimentou US$ 52,6 bilhões. Já em 2020, mais precisamente no epicentro da pandemia, o valor atingido foi de US$ 45,9 bilhões, ou seja, um decréscimo de quase 13%.
Entretanto, no ano seguinte, o mesmo estabelecimento voltou a crescer e recebeu US$ 62,7 bilhões, o equivalente a 39% do total importado e em 2022, com o término da pandemia, os números cresceram significativamente, atingindo a marca de US$ 77,9 bilhões.
Os principais parceiros comerciais também foram destaque no levantamento. No pré e pós Covid-19, China, Estados Unidos e Alemanha foram os países que mais exportaram produtos ao país via o transporte marítimo, respectivamente. Por fim, de janeiro a setembro de 2023, os volumes continuam em ascensão e podem bater novos recordes: só neste período, o Brasil já importou um volume de US$ 137 bilhões.
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