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As inscrições devem ser feitas até 20 de outubro de 2020
Em setembro deste ano, o país exportou 3,8 milhões de sacas de café - considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O volume representa a maior quantidade de café brasileiro exportado para o mês e um aumento de 8,6% em relação a setembro de 2019. A receita cambial gerada pelas exportações chegou a US$ 458 milhões, representando também um aumento, de 3,6%, em relação ao mesmo período do ano passado. Na conversão em reais, a receita foi equivalente a R$ 2,5 bilhões, crescimento de 35,7% em relação a setembro de 2019. Já o preço médio da saca de café foi de US$ 120,7/saca. Os dados são do Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
Com relação às variedades, em setembro, o café arábica correspondeu a 74,8% do volume total exportado, com 2,8 milhões de sacas. O café conilon representou 17,7% de participação, com o embarque de 672,5 mil sacas, 93,8% a mais comparado ao volume exportado em setembro de 2019. Já o café solúvel representou 7,5% das exportações, equivalente a 283,1 mil sacas.
"Estamos muito satisfeitos com os resultados de exportação do café em setembro. O volume de vendas foi recorde em relação ao mesmo mês nos anos anteriores e, além disso, tivemos um aumento muito significativo na receita total em reais. Observamos também que os resultados poderiam ter sido ainda melhores, na ordem de 10 a 15%, se não fossem os problemas logísticos de falta de containers e espaços nas embarcações. O mês de setembro também marca a entrada efetiva da safra 2020/2021, registrando uma excelente performance tanto na quantidade quanto na qualidade. Apesar dos fortes desafios gerados pela pandemia em 2020, é importante destacar que a cadeia do agronegócio café segue desempenhando suas atividades com alta qualidade e sustentabilidade, cumprindo rigorosamente as medidas de segurança e proteção dos colaboradores, segundo as regras da OMS e das instituições públicas de saúde municipais e estaduais", afirma o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
O total de café exportado no ano civil (janeiro a setembro de 2020) foi de 30,5 milhões de sacas, com receita cambial de US$ 3,9 bilhões, equivalente a R$ 19,6 bilhões. A receita em reais representa um crescimento de 31,7% ante o período de janeiro a setembro de 2019 e o preço médio no período foi de US$ 126,8, aumento de 1,4% em relação ao período de janeiro a setembro e 2019.
Entre as variedades embarcadas no ano civil, o café robusta também se destacou, pelo aumento de 22,3% nas exportações, se comparado ao volume da variedade exportado de janeiro a setembro do ano passado. Os cafés conilon corresponderam a 12,2% do volume total exportado no período, com 3,7 milhões de sacas. Já o café arábica teve participação de 77,9% nas exportações, com 23,8 milhões de sacas, enquanto que o café solúvel correspondeu a 9,8% dos embarques, com 3 milhões de sacas.
Os principais destinos de café brasileiro no ano civil foram, respectivamente: Estados Unidos, que importaram 5,6 milhões de sacas de café (18,5% do total embarcado no período); Alemanha, com 5,1 milhões de sacas importadas (16,9%); Bélgica, com 2,4 milhões de sacas (7,8%); Itália, com 2,3 milhões de sacas (7,4%); Japão, com 1,5 milhão de sacas (5,1%); Turquia, com 960,8 mil sacas (3,2%); Federação Russa, com 940,5 mil sacas (3,1%); México, com 782,2 mil sacas (2,6%); Espanha, com 700 mil sacas (2,3%); e Canadá, com 624,2 mil sacas (2%).
Entre eles, o México, a Federação Russa e a Bélgica apresentaram maior destaque com o aumento próximo de 19% na importação do produto brasileiro.
Já entre os continentes e blocos econômicos destacam-se o crescimento de 24,1% nas exportações para os países da América do Sul; 53,9% para a África; 90,6% para a América Central; 25,7% para os países do BRICS; 24,1% para o Leste Europeu, além do aumento de 37,6% nos embarques para os países produtores de café. Vale destacar também a elevação de 60,7% nas exportações brasileiras de café verde para países produtores no período, equivalente a 1,5 milhão de sacas.
No ano civil, o Brasil exportou 5,1 milhões de sacas de cafés diferenciados (que são os cafés que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis), segundo maior volume de cafés diferenciados embarcado para o período nos últimos cinco anos. O volume representa 16,8% de participação do total de café exportado neste ano e a receita cambial gerada com a exportação de cafés diferenciados do Brasil foi de US$ 834,6 milhões, representando 21,6% do valor total das exportações no ano civil de 2020.
Os principais destinos de cafés diferenciados foram, respectivamente: EUA, que importaram 1 milhão de sacas (20,1% do volume total embarcado no ano civil); Alemanha, com 726,8 mil sacas (14,2% de participação); Bélgica, com 625,6 mil sacas (12,2%); Japão, com 420 mil sacas (8,2%); Itália, com 354,4 mil sacas (6,9%); Espanha, com 196,4 mil (3,8%); Reino Unido, com 194,6 mil sacas (3,8%); Suécia, com 168,8 mil sacas (3,3%); Canadá, com 161 mil sacas (3,1%); e Países Baixos, com 137,1 mil sacas (2,7%).
Nos três primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul-set), o Brasil apresentou o melhor desempenho histórico para as exportações no início da safra, demonstrando que a colheita brasileira de café neste ciclo entrou de forma expressiva no mercado, em razão de seu volume e qualidade. No período, o país exportou 10,5 milhões de sacas de café, registrando o maior volume das exportações para o período nos últimos cinco anos e crescimento de 2,7% em relação ao mesmo período da safra anterior. A receita cambial gerada com as exportações foi de US$ 1,3 bilhão, equivalente a R$ 6,8 bilhões, aumento de 34,3% em relação ao período da safra anterior. Já o preço médio foi de US$ 119,5.
O Porto de Santos segue na liderança da maior parte das exportações no ano civil de 2020, com 78,5% do volume total exportado a partir dele (equivalente a 24 milhões de sacas). Em segundo lugar estão os portos do Rio de Janeiro, com 14% dos embarques (4,3 milhões de sacas).
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