O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) já contrataram 17 projetos no âmbito do acordo anunciado na COP26, em 2021. A iniciativa tem como objetivo estimular o desenvolvimento de soluções inovadoras por parte de empresas nacionais. As áreas de foco são transformação digital, defesa, novos materiais e quatro temas relacionados à sustentabilidade social e ambiental: bioeconomia florestal, biocombustíveis, economia circular e tecnologias estratégicas para o Sistema Único de Saúde.
A área com maior volume de projetos é a de bioeconomia florestal (sete iniciativas), seguida de novos materiais (quatro). Considerando todos os 17 contratados, a parceria entre BNDES e Embrapii já viabilizou aportes de R$ 21,7 milhões. O acordo destinará no total R$ 170 milhões aos projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
Estima-se que a iniciativa promova até R$ 510 milhões em investimentos totais em inovação, já que o modelo operacional aplicado alavanca recursos privados ao exigir o cofinanciamento do setor empresarial e participação econômica de instituições de ciência e tecnologia (ICTs) nas ações apoiadas pela instituição. Os projetos contratados estão sendo desenvolvidos em nove unidades da Embrapii.
Entre eles, há pesquisas para o desenvolvimento de fármacos destinados ao tratamento de câncer e de doenças inflamatórias intestinais, além de óleos para proteção de neurônios contra enfermidades que afetam o sistema nervoso (como doenças neurodegenerativas, isquemias ou derrames). Tecnologia aplicada na geração de energia a partir de biocombustíveis, novos sistemas de recarga de veículos elétricos e novos tecidos também são objetos de algumas pesquisas apoiadas.
A parceria busca fomentar o desenvolvimento tecnológico na Região Norte, através de maior participação aos projetos desenvolvidos por empresas da Região, assim como por meio do credenciamento de novas ICTs da região Norte à rede de Unidades Embrapii.
“Até o momento, foram contratados seis projetos por empresas na Região Norte. Além disso, quatro novos institutos de pesquisa e universidades foram credenciados como Unidades Embrapii no Estado do Pará e de Tocantins, expandindo a atuação no Norte nos temas de bioeconomia florestal, economia circular”, declara o diretor de crédito produtivo e socioambiental, Bruno Aranha.
“A parceria firmada entre BNDES e Embrapii é uma contribuição consistente para o desenvolvimento de soluções orientadas pela agenda sustentável, em apoio ao setor empresarial brasileiro e à inovação na área de bioeconomia”, acrescenta o presidente da Embrapii, José Luis Gordon.
Os aportes do BNDES, que são não reembolsáveis, provêm do BNDES Funtec - Fundo Tecnológico, cujo objetivo é reforçar e ampliar as oportunidades de fortalecimento das atividades de PD&I do setor industrial no País. A Embrapii possui uma rede de 89 unidades credenciadas – onde são realizadas as pesquisas selecionadas – com infraestrutura de ponta e pesquisadores qualificados para apoiar a indústria a superar seus desafios tecnológicos.
Além disso, possui a vantagem de atuar em fluxo contínuo, ou seja, a qualquer momento a empresa pode desenvolver projetos, sem a necessidade de esperar edital e sem valor mínimo por projeto, permitindo o apoio à inovação com agilidade, flexibilidade e sem burocracia. Em média, os projetos apresentados pelo setor produtivo são contratados e iniciados em um mês.