Benefícios dos sistemas agroflorestais são apresentados em SP

17.08.2009 | 20:59 (UTC -3)

Avaliações de indicadores sociais, ambientais e econômicos em sistemas agroflorestais – SAFs serão apresentados em 24 de agosto de 2009, Universidade de Pinhal – Unipinhal, para alunos do curso de Agronomia.

A palestra, proferida pelo pesquisador Laerte Scanavaca Junior, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP), ocorre no Diretório Acadêmico Ministro Tarso Dutra, durante a 39ª Semana Agronômica de Espírito Santo do Pinhal.

Os Sistemas Agroflorestais são a diversificação de culturas ou plantios simultâneos. Deste modo é possível trabalhar com agrossilvicultura, que é o plantio simultâneo de espécies arbóreas (árvores ou arbustos) e herbáceas (culturas anuais). O sistema silvipastoril se refere ao plantio simultâneo de espécies arbóreas e pastagem com animais (bovinos, caprinos ou muares, entre outros) e o sistema agrossilvipastoril, plantio simultâneo de espécies arbóreas, herbáceas e a pastagem com criação de animal.

“A floresta é o ambiente terrestre mais equilibrado, mas não podemos deixar de comer”, diz o pesquisador. Os SAFs conciliam os prazeres e os benefícios das florestas com as necessidades alimentares humanas e de outros animais.

Conforme o pesquisador, o melhor aproveitamento da energia resulta em uma maior produtividade por área, deste modo, os SAFs, sendo mais produtivos e diversificados resultam em uma segurança alimentar maior.

Para o ambiente, esses sistemas melhoram as propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos, há menos necessidade de fertilizantes e defensivos, maior conservação de água e de produção de biomassa, além da estabilidade climática.

Para a sociedade, há uma melhor distribuição da mão-de-obra durante o ano, redução dos custos de manutenção da floresta, maior diversificação e qualidade alimentar e uso racional da sombra para animais e humanos.

Quanto aos benefícios econômicos, esse sistema aumenta e distribui as receitas ao longo do ano, diminui a vulnerabilidade dos preços das comodites (produtos) produzidos na propriedade, aumenta a rentabilidade e valoriza a propriedade pela beleza cênica.

Os SAFs podem ser os mais diversificados possível, explica Scanavaca. O proprietário precisa optar pelas culturas que tem mais afinidade ou que são mais rentáveis. Ou então, no caso de SAFs de proteção, buscar apenas melhorias ambientais, como manutenção de encostas ou recuperação de solos, por exemplo.

“O segredo do sucesso está no arranjo das espécies, que deve ser feito em função do grupo ecológico - espécies pioneiras, oportunistas e climácicas e no planejamento dos objetivos, que deve ser sempre em função da espécie mais longeva que normalmente são as climácicas, também as mais rentáveis”, conclui o pesquisador. Ele explica que climácica é a espécie florestal do final da sucessão. Normalmente tem o crescimento muito lento, é bastante densa, cresce a primeira fase da vida à sombra (este período pode durar até 20 ou 30 anos), normalmente polinzado por pássaros ou morcegos e dispersado por mamíferos ou gravidade.

Cristina Tordin

Embrapa Meio Ambiente

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