Industriais do café reúnem-se em Pernambuco para traçar metas para 2009
O diretor de liquidações e desestatização do Banco Central do Brasil (Bacen), Antonio Gustavo Matos do Vale, e o gerente-executivo de Regulação e Controle das Aplicações Obrigatórias em Crédito Rural e do Proagro, Deoclécio Pereira de Souza, prometeram na última quarta-feira (19), aos membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), pressionar as instituições financeiras, principalmente o Banco do Brasil, para agilizarem a liberação de financiamentos de custeios para os produtores rurais.
Um dos principais problemas, segundo os deputados presentes no encontro, é a reclassificação de risco que está sendo feita pelos bancos quando os mutuários optam por prorrogarem suas dívidas ao amparo da lei 11.775. Preocupados com esse e outros entraves criados pelos agentes financeiros para conceder crédito aos agricultores, os deputados federais Luis Carlos Heinze (PP-RS), Valdir Colatto (PMDB-SC) e Moreira Mendes (PPS-RO) procuraram a instituição que regula o sistema financeiro para cobrar uma solução.
Os membros da Frente Parlamentar da Agropecuária exigiram a cobrança dos depósitos na poupança rural que os bancos são obrigados a fazer. “Desde 2004, os bancos não cumprem as exigibilidades do crédito rural. Neste período os bancos aplicaram recursos em outras operações para obter lucro maior e deixaram agricultura em segundo plano”, denunciou Colatto.
Antônio Valle informou que o BC mudou as regras para exigir o cumprimento dos depósitos. Segundo ele, os bancos podem optar por fazerem os depósitos ou ficarem sujeitos ao pagamento de uma multa que corresponde a 40% do valor destinado à poupança rural
O deputado Luis Carlos Heinze expôs ao diretor do Bacen que os bancos estão impondo inúmeras restrições para liberar o crédito rural. "Há uma grande dificuldade na ponta. Quando o agricultor opta por renegociar sua operação está sendo impedido de retirar empréstimo para custear o plantio da lavoura", evidenciou Heinze.
Heinze destacou que em momento de crise internacional essa burocracia e o desrespeito as normas de renegociação podem comprometer a produção agrícola da próxima safra e causar um rombo na economia nacional. "O governo precisa levar em conta o peso do agronegócio na balança comercial do país. Se continuar dificultando o acesso dos produtores ao crédito as perdas serão irreparáveis", enfatizou.
Frente Parlamentar da Agropecuária com informações da assessoria do deputado Luis Carlos Heinze
Assessor de Imprensa – Vinícius Tavares
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