Bayer lança biotecnologia VTPRO4 para o milho no Brasil

Tecnologia facilita o manejo das principais lagartas que atacam a cultura

13.08.2021 | 20:59 (UTC -3)
Daniel Popov

A Bayer lança para o mercado brasileiro uma nova geração de biotecnologia de milho híbrido, o VTPRO4, que irá contribuir ainda mais para o controle das principais lagartas que afetam a cultura. Os produtores já terão acesso a nova tecnologia nesta safra 2021/22, com híbridos adaptados para as principais regiões produtoras.

Um dos principais diferenciais desta nova biotecnologia da Bayer é possuir dois modos de ação que reforçam o controle contra lagartas na parte radicular, e três que ajudam a defender a espiga e a planta. “Com isso, o milho fica até 5 vezes mais protegido contra essas pragas, resultando em maior produtividade, uma vez que a porcentagem de espigas danificadas cai para 2,6%. Na lavoura sem a biotecnologia, o dano pode chegar a 44%”, explica o líder de lançamento para VTPRO4, Danilo Belia.

Antes de trazer o novo híbrido VTPRO4 ao mercado, a Bayer realizou testes em campo junto a agricultores parceiros. De 2018 até a colheita da safrinha 2020/2021, 271 áreas receberam os ensaios e os testes apontaram para um incremento médio de 3,2% na produtividade do VTPRO4 se comparado ao VTPRO3 e de 14,5% em relação ao não uso da tecnologia Bt.

“Os testes com nossos produtores parceiros foram fundamentais para entendermos o impacto positivo que esta nova tecnologia traz no combate dessas pragas. Será uma ferramenta extremamente importante ao produtor” opina Belia. “É importante sinalizar que as boas práticas agronômicas, como o refúgio, o monitoramento de pragas e o tratamento de sementes, são fundamentais para a preservação de qualquer tecnologia e seguem como pilares importantes das nossas soluções”.

Entre as pragas de controle da parte aérea estão incluídas a broca-do-colmo (Diatraea saccharalis), a lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea), a lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), a lagarta rosca (Agrotis ipsilon) e a temida a lagarta-do-cartucho (Spodoptera fugiperda), que apesar de bastante conhecida, segue como um dos principais problemas em todos os estados brasileiros onde se cultiva milho, com perdas que variam entre 30% e 50% da safra. Para reforçar o controle da parte aérea da planta, o VTPRO4 agrega a expressão da proteína VIP3A com as proteínas Cry1A.105 e Cry2Ab2.

“A lagarta-do-cartucho é considerada uma das mais prejudiciais, pois ataca desde a fase de germinação, reduzindo o estande de plantas, até as fases vegetativa e reprodutiva, causando desfolha e afetando as espigas. Além disso, ela se alimenta de diversas culturas, incluindo até as plantas daninhas que resistem nos campos, o que dificulta o controle”, afirma o líder de lançamento, ao salientar que a nova tecnologia ainda confere tolerância ao herbicida glifosato que, quando prescrito e aplicado conforme orientação de um agrônomo habilitado, amplia a facilidade para o agricultor no manejo de plantas daninhas.

Já o sistema radicular ganhou o reforço de um novo mecanismo de ação baseado em RNA de interferência (Dvsf7 RNA) que, aliado a proteína Cry3Bb, minimiza potenciais danos causados pela larva alfinete (Diabrotica speciosa), que podem chegar a 70% da produtividade. 

“Isso proporciona ao produtor rural um manejo mais efetivo, assim como colabora com a planta em relação à absorção de água e nutrientes, protegendo o potencial produtivo da lavoura e resultando em maior estabilidade. VTPRO4 foi desenvolvida para elevar a experiência do produtor de milho, ampliando a proteção da lavoura, da raiz a parte aérea e oferecendo uma evolução importante diante da tecnologia anterior, lançada há 7 anos”, avalia.

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