Balanço de 2022 da FAESP mostra Agro paulista em alta

Dados divulgados pelo Departamento Econômico da Federação mostram VBP projetado de R$ 139 bilhões; exportações já superam 2020 e 2021

08.12.2022 | 16:11 (UTC -3)
Paulo Rogerio Fortuna Pereira

O Departamento Econômico do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (FAESP/SENAR-SP) divulgou nesta quinta-feira (8 de dezembro) o Balanço do Agronegócio Paulista em 2022 e as Perspectivas para 2023.

Os dados mostraram a capacidade de superação do Agro do Estado, que tiveram os melhores resultados dos últimos três anos em termos nominais do Valor Bruto da Produção (VBP). O valor projetado do VBP em 2022 é de R$ 139 bilhões.

“O Agro paulista registrou grande capacidade de superação e crescimento expressivo, mesmo enfrentando diversas dificuldades. Podemos citar a pandemia de Covid-19, que ainda gera consequências sobre a economia mundial, bem como sobre a brasileira. O processo inflacionário também ganhou força e tornou-se um desafio global. Já o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, deflagrado em fevereiro de 2022, causou sanções à economia russa, trazendo choques nos preços dos insumos e commodities”, afirmou o presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles.

A entidade listou os desafios enfrentados em 2022:

Conflito Rússia/Ucrânia, deflagrado em fevereiro de 2022, causou sanções à economia russa, trazendo choques aos preços globais das commodities;

• Cadeias de suprimento do mundo ainda continuam tentando normalizar fluxos e processos, com fortes oscilações nos preços das matérias-primas;

• Cenário de baixa demanda doméstica, restrita pelo baixo poder aquisitivo da população, que foi atingido pela inflação de 2021 e 2022;

• Intempéries climáticas, com geada e seca;

• Dificuldade de acesso ao crédito de custeio e investimento, com suspensão de linhas do BNDES, insuficiência de recursos para o programa de subvenção ao prêmio de seguro rural e a elevação do custo de produção em 2022, na esteira da inflação nos combustíveis e fertilizantes;

• Desaceleração do ritmo de importação da China e de importantes mercados externos;

• Eleições no Brasil (Presidente, governadores e Congresso), que sempre trazem um grau de incerteza e prejudicam a tomada de decisão de investimentos.

Em termos de previsão, elencou as ameaças potenciais para 2023:

• Taxação do agro;

• Desequilíbrio fiscal e efeitos colaterais no Agro;

• Conflitos no meio rural e insegurança jurídica;

• Adoção de postura protecionista pelo Brasil;

• Fragmentação das políticas setoriais.

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