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“Até o final desta semana, num grande esforço dos governos federal, estadual e municipais, todos os 23 pólos de comercialização do milho subsidiado para criadores afetados pela seca estarão funcionando plenamente”. A informação é da superintendente regional da Conab, Rose Pondé. Segundo ela, a demanda tem sido grande e, para fazer parte do processo, foram trazidos funcionários de outros estados para dar suporte.
“Os governos estadual e federal, em parceria com as prefeituras, estão realizando força tarefa para conseguir atender os criadores na velocidade desejada, mas existem tramites que fazem com que o processo seja um pouco demorado. Contudo, houve aumento do número de cadastros realizados, que antes eram 174 e com o início da operação, esse número subiu para 50 mil e ainda temos previsão de que cheguem a 70 mil cadastros”, disse Rose Pondé.
No início da operação houve uma demora para que o milho fosse liberado nos pólos, em função de pessoas que compravam e revendiam por um preço mais alto, prática que ocasionou investigação por parte da polícia federal. Além disso, o secretário da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles explica que o governo teve que montar estrutura nos pólos. “Tivemos que comprar balanças, computadores, estruturar os pólos e direcionar funcionários da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (ADAB) para fazer o cadastro dos novos compradores de milho”, explicou.
Mesmo com os imprevistos que fizeram atrasar o cronograma de venda do milho, segundo Rose Pondé, a quantidade vendida só no mês passado chegou a ser quase a mesma comercializada durante todo o ano de 2012. “No ano passado foram vendidas 20 mil toneladas, em maio, vendemos 14 mil toneladas”, disse, acrescentando que “mesmo com todas as dificuldades, essa é uma prova do esforço dos governos em aprimorar o atendimento aos criadores”.
A EBDA informa que somente em Jacobina, na última semana, foram feitos mais 600 novos cadastros e, desde que o milho chegou aos armazéns, 400 guias de pagamento (GRU) foram emitidas até o momento. Os criadores de Maracás já compraram em cinco dias, 50 toneladas de milho, de um mil prevista para aquele pólo. Em Baixa Grande, em cinco dias, mais de 300 toneladas, de um mil prevista já foi retirada.
“Mesmo com a demora para a venda do milho, tenho certeza que os criadores, no futuro, entenderão que valeu a pena todo sacrifício, pois estamos fazendo um grande esforço, quase paramos a Seagri para realizar essa operação, com vistas a minimizar o sofrimento dos criadores e encurtar as distâncias para que eles pudessem comprar o milho subsidiado sem ter que percorrer tantos quilômetros”, ressaltou Eduardo Salles.
Salles lembra o esforço feito pelo governo estadual, com o apoio da Conab e das prefeituras para conseguir saltar de 5 pólos para 23, este ano. “Nossa intenção é facilitar o acesso para o criador que antes precisava percorrer 500 km para comprar cinco sacos de milho, mas com a proximidade dos pólos, hoje ele pode buscá-lo até mesmo de carroça”, destacou.
Os armazéns permanentes da Conab estão em Entre Rios, Ribeira do Pombal, Santa Maria da Vitória, Itaberaba e Irecê. No final do ano passado, o governo da Bahia, considerando que era muito distante para o pequeno criador ir buscar o milho, em parceria com as prefeituras e a Conab, conseguiu implantar mais oito novos pólos emergenciais em Conceição do Coité, Seabra, Vitória da Conquista, Guanambi, Jequié, Feira de Santana, Paulo Afonso e Juazeiro. Ainda assim, existiam distâncias grandes em algumas regiões, então o governo baiano viabilizou mais dez pólos emergenciais , nos últimos dois meses em Remanso, Ponto Novo, Chorrochó, Maracás, Paramirim, Jacobina, Baixa Grande, Bom Jesus da Lapa, Amargosa e Euclides da Cunha. Esta semana, mais três novos pólos emergenciais foram criados em Ibicoara, Brejões e Conceição da Feira, para receber o milho que chegará de navio até o porto e levado através de caminhões para as cidades, onde será ensacado e comercializado. Ao todo, a Bahia conta com 26 pólos.
O milho subsidiado está sendo vendido ao preço de R$ 18,12 a saca de 60 quilos, até 3 mil quilos. Acima de 3 mil quilos, até 6 mil quilos, o criador paga R$ 21,00 por saca. Parte dos recursos decorrentes da comercialização serão destinados ao custeio de logística (transporte, armazenagem, impostos e ensacamento) e à compra de volumosos (outros tipos de ração) para complementar a alimentação dos rebanhos de agricultores familiares, como por exemplo, a mucilagem do sisal, feno, palha de milho, etc.
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