Aviação agrícola está em transição

12.05.2011 | 20:59 (UTC -3)

Maio e junho está representando um período de transição para o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), que este ano completa seu 20º aniversário. O atual presidente da entidade, Júlio Augusto Kämpf, de Cachoeira do Sul/RS, está passando o comando ao presidente eleito Nelson Antônio Paim, de Primavera do Leste/MT. O Sindag continua com sede em Porto Alegre, abrangendo cerca de metade das 235 empresas do setor hoje existentes no País (dados da ANAC).

 

A eleição de Paim ocorreu no início de maio, na sede do Sindicato. Sua posse será no início de julho. Mas antes, o atual e o futuro presidente dividirão o comando do 20º Congresso Mercosul e Latino Americano de Aviação Agrícola, que vai ocorrer entre 15 e 17 de junho, em Florianópolis/SC. Além de workshop sobre gestão e organização empresarial, palestras de fabricantes e feira de equipamentos, o evento servirá para troca de experiências entre pilotos de vários países.

 

Conquistas

 

O Sindag também estará comemorando a nova versão do Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica (RBHA) 137. O documento, de 1999, dita as regras para as operações aeroagrícolas no Brasil e passou por um amplo debate para sua modernização. As mudanças tiveram anos de debates com a participação do Sindicato e flexibilizaram várias regras para facilitar as operações, sem descuidar da segurança do pessoal e com o meio-ambiente. A homologação da nova versão do RBHA deve ocorrer nos próximos meses.

 

Outro tema que deve se fazer presente no congresso em Florianópolis são os convênios do Sindag com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). As duas entidades devem trabalhar juntas e estudos sobre uso de aviões em lavouras de cítricos, arroz e florestas, no combate à ferrugem da soja e na criação de dispositivos para aperfeiçoar o controle de deriva (veja abaixo). Sindag e Embrapa ainda ensaios para aplicação de inseticida biológico contra o mosquito da febre amarela.

 

Só para lembrar, o Brasil tem hoje a segunda maior força aérea agrícola. Segundo a ANAC, são 1.560 aviões em operação.

 

Importante:

 

Não confundir SINDAG-Sindicato das Empresas de Aviação Agrícola com SINDAG - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola. As duas entidades têm a mesma abreviação, mas a entidade aeroagrícola registrou a marca, o que obriga o sindicato dos fabricantes de agrotóxicos a mudarem seu nome.

 

O que é Deriva

 

A aplicação de defensivo por avião requer menos produto que com uso de trator porque o sistema usa partículas menores e a aplicação é mais rápida. Essas partículas (gotas bem pequenas) ficam em suspensão por alguns segundos na lavoura, o que torna mais eficaz a aplicação (por isso o avião chega a voar a 3 metros de altura do solo).

 

Mas essa nuvem não pode se deslocar pra fora da lavoura. Ou seja, é preciso evitar a deriva. Isso é feito com cálculos de velocidade, trajetória, vento e tamanho das gotículas. Pensa-se, por exemplo, em desenvolver sensores para se colocar nos limites das lavouras, a fim de informar em tempo real ao piloto qualquer alteração que precise ser feita no vôo.

 

Castor Becker Júnior

Assessoria de Imprensa

castor_@brturbo.com.br

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025