Programa para modernizar a vitivinicultura será apresentado em Santa Catarina
Proprietários (muitos dos quais também pilotos), diretores e responsáveis técnicos por 22 empresas de aviação agrícola de sete Estados estão participando, em Campinas/SP, da segunda etapa do programa de Certificação Aeroagrícola Sustentável (CAS). A movimentação começou na manhã de ontem (dia 14) e termina na tarde desta quarta-feira (15), no salão de convenções do Royal Palm Hotel (Rua Conceição, 450, bairro Cambuí). O curso está abordando temas como tecnologias para controle de gotas (tipos de bicos e atomizadores), condições climáticas, planejamento e organização da segurança operacional, fórmulas e características dos produtos fitossanitários e outros assuntos.
O CAS é o primeiro selo de qualidade operacional e ambiental da aviação agrícola. Seu objetivo é incentivar a capacitação e a qualificação de empresas de aviação agrícola e de operadores aeroagrícolas privados (agricultores que têm seus próprios aviões). A estratégia é aprofundar os conceitos de responsabilidade e sustentabilidade nas operações, melhorando a qualidade das pulverizações e reduzindo os riscos de impacto ambiental.
A iniciativa é realizada pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF) e coordenada pelas universidades Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCA/Unesp-Botucatu), Federal de Lavras (UFLA) e Federal de Uberlândia (UFU). O programa tem ainda o apoio da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
PARITIPANTES
A turma (a primeira do Nível 2 do CAS) conta com participantes de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Além de assistir às aulas, o grupo ainda deve prestar provas ao final de cada um dos dois dias de curso. Isso para atingir a pontuação necessária para ganhar o certificado do programa e dar às suas empresas o direito de usarem o Selo Nível 2 do CAS em suas aeronaves. Sem falar no pré-requisito para receber as vistorias para o Nível 3 (o mais alto do programa de certificação).
As aulas em Campinas estão a cargo dos professores Ulisses Rocha Antuniassi (Unesp), Wellington Pereira Alencar de Carvalho (UFLA) e João Paulo Rodrigues da Cunha (UFU), que integram o comitê técnico gestor do projeto. Além do gerente de Educação da Andef, Fábio Kagi e outros instrutores.
O Brasil tem atualmente a segunda maior frota mundial de aviões agrícolas (mais de 1,9 mil aparelhos, segundo a ANAC), atrás apenas dos Estados Unidos. Além da rapidez e segurança na aplicação de defensivos, as aeronaves são usadas também no trato de florestas, aplicação de fertilizantes e em combate a incêndios florestais.
No ranking de empresas aeroagrícolas, o Rio Grande do Sul é o Estado com o maior número delas (83), seguido de São Paulo, com 34. Já o ranking por frota é liderado pelo Mato Grosso, com quase 450 aviões.
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