RS Safra 2024/25: colheita da soja avança para 24%
A produtividade média está estimada em 2.240 kg/ha
A colheita de soja no Brasil alcançou 76,4% da área cultivada, com os estados apresentando diferentes cenários de produtividade devido às condições climáticas. Mato Grosso, por exemplo, está próximo de concluir a colheita, com boas produtividades mantidas. É o que aponta o boletim de Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No Rio Grande do Sul, o tempo seco acelerou a colheita, mas também prejudicou o desenvolvimento das lavouras. Na Fronteira Oeste e Missões, algumas áreas enfrentam produtividades abaixo de 10 sacas por hectare. Já no Paraná, a colheita chegou a 81% da área cultivada, com boas produtividades em boa parte das lavouras.
Em outras regiões, como em Mato Grosso do Sul, as chuvas interromperam a colheita em algumas áreas, enquanto Goiás e Minas Gerais apresentam redução na produtividade devido ao veranico ocorrido em fevereiro. A escassez de chuvas em Santa Catarina afetou a safra no Oeste, assim como em lavouras tardias na Bahia.
Em contrapartida, o Maranhão avançou rapidamente com a colheita, embora as lavouras mais tardias no estado também tenham sido afetadas pela falta de chuvas. No Piauí, o déficit hídrico em algumas áreas prejudicou o desenvolvimento das lavouras, mas no Pará, as culturas de Paragominas e Santarém apresentam bom desenvolvimento.
Com 48% da área colhida no país, a primeira safra de milho também apresenta um cenário misto. Em Minas Gerais, a expectativa é positiva, apesar da redução do potencial produtivo de algumas lavouras devido à falta de chuvas em fevereiro. No Rio Grande do Sul, o retorno do clima seco trouxe novamente sintomas de estresse hídrico nas lavouras semeadas tardiamente.
No Piauí, o déficit hídrico também afetou o potencial produtivo em algumas áreas do Sudoeste. Já em Santa Catarina a colheita segue avançando, e as produtividades continuam elevadas. No Maranhão, as lavouras de milho continuam a se desenvolver em boas condições.
O milho 2ª safra apresenta 95,6% da área semeada. Em Mato Grosso, o plantio foi concluído, e as lavouras seguem se desenvolvendo bem. No Paraná, as baixas precipitações em março prejudicaram o potencial produtivo, especialmente no Oeste do estado. Em Mato Grosso do Sul, as chuvas recentes melhoraram as condições das lavouras, enquanto em Goiás, a baixa umidade no solo comprometeu a eficiência da adubação de cobertura em algumas regiões.
Em Minas Gerais, o veranico de fevereiro e início de março afetou o plantio, reduzindo a área semeada e forçando replantios em algumas regiões. No Tocantins e Maranhão, as condições climáticas continuam favoráveis ao desenvolvimento da cultura. No Piauí, o desenvolvimento da lavoura está regular, com atraso no crescimento devido ao veranico em algumas áreas. Por fim, no Pará, o plantio começou nas regiões de Santarém e Paragominas, com boas perspectivas para o desenvolvimento da safra.
A previsão agrometeorológica até o dia 31 de março indica bons volumes de chuva no Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste, o que deve beneficiar os cultivos de soja e milho de primeira e segunda safra. As chuvas no Matopiba também deverão ajudar o milho da segunda safra e a soja ainda em enchimento de grãos. No entanto, o deficit hídrico persistirá no Sudeste do Piauí e nas regiões Centro-Norte e Centro-Sul da Bahia, o que pode continuar a afetar negativamente algumas áreas de cultivo.
No Sul, a previsão de chuva no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina deve recuperar a umidade do solo e ajudar no desenvolvimento das lavouras de soja e milho. No Paraná, as chuvas serão menores, o que pode acentuar a restrição hídrica, afetando especialmente o milho da segunda safra em algumas regiões do Oeste e Norte.
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