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A preparação do período reprodutivo compreende fase estratégica no manejo das fazendas de pecuária de corte, pois sinaliza o início do ciclo pecuário que tem duração média de dois a três anos. A preocupação em garantir maior eficiência à reprodução introduziu nos últimos tempos uma série de tecnologias ao manejo, fato este que deu início a era da reprodução assistida dentro da produção animal.
Inseminação Artificial (IA), Transferência de Embriões (TE), Fertilização In Vitro (FIV) e, mais recentemente, análise de DNA bovino para identificação de marcadores moleculares, foram alguns nomes que entraram para o vocabulário do pecuarista brasileiro que passou a utilizar a genética como instrumento indispensável da seleção na busca pela produção animal sustentável sobre os aspectos sócio-ambiental e financeiro.
Segundo Guilherme Gallerani, gerente da divisão de serviços genéticos IGENITY®, da Merial Saúde Animal, a chegada ao mercado dos marcadores moleculares serviu para complementar as outras técnicas de reprodução assistida, pois representa uma informação confiável sobre o mérito genético de touros e matrizes que serão os pais das futuras gerações.
Gallerani explica que na fase que antecede o início da estação de monta, a informação sobre o potencial genético dos reprodutores, para características que o produtor busca aprimorar no rebanho, tem papel fundamental na escolha correta dos acasalamentos, que precisam ser direcionados segundo as necessidades de melhoramento de cada rebanho. “Ainda encontramos no Brasil pecuaristas que selecionam animais para reposição sem utilizar quaisquer dos métodos disponíveis de avaliação genética, sejam as DEPs, avaliações morfológicas, avaliação por ultra-som, marcadores moleculares entre outras. Infelizmente, o chamado touro “ponta de boiada”, ainda é muito utilizado o que pode impedir a evolução do melhoramento genético do rebanho”, destaca.
A percepção do pecuarista sobre os benefícios da reprodução assistida por marcadores moleculares tem atraído o interesse para sua utilização em situações que envolvem a reprodução e que vão muito além da identificação de potencial genético para características produtivas. O teste de paternidade é outra ferramenta criada com a utilização da tecnologia de marcadores moleculares e que começa a ser usada em larga escala no manejo reprodutivo do gado, em grandes projetos de pecuária de corte comercial.
O uso é variado, e vai desde a identificação de paternidade em rebanhos de múltiplos reprodutores , onde serve como uma ferramenta de avaliação de performance dos touros, até o uso administrativo das associações de raça na efetivação do registro genealógico dos animais. Na próxima estação de monta, que está sendo preparada para começar em meados de novembro, a expectativa é que haja crescimento no número de rebanhos que vão se valer do perfil IGENITY® para escolher seus acasalamentos.
Os especialistas que acompanham este mercado estimam crescimento contínuo no uso da técnica, que chegou ao país no início de 2008 e de lá para cá já dobrou o volume de exames realizados/ano.
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