Aumento da CIDE, da chuva e a seca na Ásia favorecem cana-de-açúcar

21.09.2015 | 20:59 (UTC -3)
CNA

Na safra deste ano 2015/2016 houve um pequeno aumento da produtividade do setor sucroenergético, basicamente pelo volume de chuvas. Esse fator irá proporcionar uma melhor oferta e demanda no mercado. Apesar de muita “cana bisada” (cana que não pode ser colhida e ficou no campo por mais de uma safra) para a próxima safra 2016/2017, o cenário é positivo. O destaque vai para o etanol, que terá uma maior produção em relação ao açúcar, uma vez que o estoque mundial do açúcar é grande e o baixo preço do produto atrapalha as exportações brasileiras. Outro fator que contribui para o destaque do etanol é que as usinas estão com estoque do produto.

A próxima safra 2016/2017 vai contar com canaviais envelhecidos (cortando a mesma cana a cada safra), pois o setor está com problemas de liquidez e não investe em tecnologias. Esse fator pode atrapalhar a produtividade. O normal são seis cortes, ou seja, seis anos colhendo a mesma matéria-prima. Nos próximos anos a tendência é que haja um aumento no número de cortes.

De acordo com o assessor técnico da Comissão Nacional de Cana-de-açúcar da CNA, Rogério Avellar, em termos mercadológicos três fatores irão influenciar: o aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina (vai estimular a competitividade do etanol), o maior número de chuvas (que proporciona mais oferta e maior produção) e a seca na Ásia em razão do fenômeno El Niño (que faz melhorar o preço do produto no mundo e aumenta a produtividade mundial).

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