Missão brasileira discute etanol e energia solar na China
Nesta terça-feira (06/04), acontece audiência pública na Câmara dos Deputados em Brasília-DF sobre a utilização do sorgo na produção de etanol.
O tema estará em debate por iniciativa das Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
Segundo informações da assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados, o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), que solicitou a reunião, quer ouvir integrantes da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) sobre as pesquisas realizadas no setor. Entre as vantagens do sorgo para produção de álcool, Nogueira citou o ciclo curto, a elevada produção de biomassa, a eficiência energética e o baixo consumo de água pela cultura.
“Essas características permitem o cultivo do sorgo em zonas áridas e semi-áridas, com uma versatilidade que facilita sua produção em diferentes épocas e regiões, garantindo certa perenidade na oferta de matéria-prima, com colheitas economicamente compensadoras em condições de pluviosidade baixa ou instável”, afirma o deputado.
Foram convidados para a audiência a chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, Vera Maria Carvalho Alves, e os pesquisadores João Carlos Garcia (Economia Agrícola) e Robert Eugene Schaffert (Recursos Genéticos e Desenvolvimento de Cultivares), também da Embrapa Milho e Sorgo. A audiência será realizada às 14h30, em plenário a definir.
SAIBA MAIS – O sorgo, quinto cereal mais importante do mundo, é utilizado principalmente para rotação de culturas e na indústria de ração animal. Seu uso para produção de álcool teria como vantagem a elevada eficiência energética e o baixo consumo de água pela cultura.
Do sorgo que conhecemos, aquele bastante utilizado para a alimentação animal, o sorgo sacarino se difere pelo tamanho da planta e pela grande quantidade de açúcar no colmo. O sorgo sacarino apresenta alta produção de biomassa, ou seja, toda a planta pode ser aproveitada para a produção de etanol.
A Embrapa Milho e Sorgo possui um programa de desenvolvimento de cultivares de sorgo sacarino desde a época do Pró-Álcool, programa que previa a substituição em larga escala dos combustíveis veiculares derivados do petróleo por álcool, financiado pelo governo a partir de 1975 devido à crise do petróleo em 1973.
Três cultivares de sorgo sacarino foram lançadas pela Empresa na década de 1980 (a variedade BRS 506 e os híbridos BRS 601 – que ainda permanece no mercado – e o BRS 602). Atualmente, segundo o pesquisador Rafael Parrella, 25 novas variedades de sorgo sacarino estão sendo avaliadas pela Embrapa Milho e Sorgo em diversas regiões brasileiras e as mais promissoras deverão ser lançadas até 2012.
Fonte: Agência Câmara, com informações da assessoria de imprensa da Embrapa Milho e Sorgo - (31) 3027-1223 /
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