Associados da Copercampos iniciam colheita do feijão

22.02.2011 | 20:59 (UTC -3)

Não é só na mesa dos brasileiros que o feijão é cobiçado. Ao longo dos anos, a cultura do feijão caiu literalmente no gosto dos agricultores da região de Campos Novos. E para competir neste difícil mercado, os produtores associados da Copercampos investem em tecnologia e buscam produzir mais, com um diferencial em relação a outras regiões: a qualidade.

 

Mas para obter um ótimo produto é preciso contar também com a ajuda do clima. E nesta safra São Pedro não está ajudando. As frequentes chuvas atrapalharam no desenvolvimento das plantas e doenças como tracnose e a murcha e Fusarium tiraram o sono dos produtores, que mesmo realizando aplicações de produtos fúngicos estão tendo problemas na qualidade do feijoeiro.

 

Os investimentos nesta safra 2010/2011 na cultura do feijão foram maiores que se comparados com a safra anterior. Devido às previsões metereológicas com a chegada do fenômeno La Niña, os produtores diminuíram a área de plantio de milho e o aumento da área de produção de feijão foi significativa. 14 mil hectares foram semeados com feijão na região de Campos Novos.

 

De acordo com o diretor executivo da Copercampos Clebi Renato Dias, outro fator que influenciou o plantio de feijão, foram os preços de comercialização do produto em 2010, que teve média de R$ 120,00 entre os meses de março e abril. “Neste ano, não só na região de Campos Novos teve aumento da área de plantio do feijão. Em todo o país houve maior plantio e tem muita oferta do produto no mercado e para nós, o clima prejudicou, influenciando principalmente na qualidade da leguminosa”, ressalta.

 

Segundo Clebi, na região de Dal Pai em Campos Novos, uma das maiores regiões produtoras de feijão do município, o clima é desolador. “Temos produtores de feijão desanimados por não poder colher a cultura e quando colhem, a qualidade não é a esperada”, comenta o diretor.

 

Mercado para feijão tipo 1 e 2

 

O governo federal vai aumentar as compras diretas de feijão das atuais 100 sacas para 500 sacas por produtor. Porém, neste mercado, a venda só será de feijão tipo 1 e 2. Segundo o diretor da Copercampos, este feijão que está sendo colhido no cedo em Campos Novos não apresenta esta qualidade.

 

“Essa medida do governo visa também estimular o plantio na próxima safra. Em nossa região, não estamos tendo um feijão de qualidade e com isso o produtor não consegue vender ao governo por meio da Aquisição do Governo Federal (AGF). Com essa venda o produtor passa a receber o preço mínimo do grão, fixado em R$ 80,00 a saca. A Copercampos disponibilizou um armazém para recebimento deste feijão, e com essa medida, já vemos nesta terça-feira (22/02), uma reação do mercado, pois com o governo comprando, os grandes compradores também irão comprar e com isso o preço irá subir, ao menos essa é nossa expectativa”, finaliza Clebi.

 

Felipe Götz

Copercampos - Matriz / Campos Novos - SC

(49) 3541-6039

comunicacao@copercampos.com.br

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025