Associação do Novilho Precoce bate recorde em abates em 2009

18.03.2010 | 20:59 (UTC -3)

Finalizar o ano com 74.001 animais abatidos é uma conquista do Novilho Precoce MS. O número é atribuído ao convênio, fechado em meados do mês de julho de 2009.

“A parceria com o Frigórifico JBS (antigo Bertin) permitiu o incremento no número de abates, já que os produtores associados puderam escalar bois e vacas pesados pela associação”, informou o presidente da entidade, Nedson Rodrigues.

Segundo Rodrigues, a Associação viveu dois momentos no ano passado. Até o mês de junho, havia apenas um convênio, com o Carrefour, no qual só eram contempladas novilhas. A partir de julho, com a parceria do JBS, bois e vacas também passaram a ser incluídos na comercialização pela entidade. “Com a nova realidade, praticamente mais que dobrou o número de animais comercializados”, ressaltou.

Atualmente, estão sendo lançados dois projetos. Um é o projeto de Identificação Eletrônica, que consiste no controle da produção por meio de um software, que permitirá ao pecuarista armazenar informações de todos os animais em diferentes épocas de sua vida, desde o nascimento até o abate. “Com este programa, a produção da safra poderá ser controlada, utilizando-se todos os dados necessários para fazer o melhoramento genético dos animais e aumentar a rentabilidade do negócio”, destacou Rodrigues.

Outra iniciativa é o projeto de assistência técnica para os associados, através de empresas parceiras de consultoria rural, em todos os segmentos de gestão da propriedade, visando à melhoria dos animais. “Além dos novos projetos para este ano, há o desafio constante de buscar novas parcerias, que possam resultar no aumento do volume de abates. Estes são os planos para 2010”, explicou Rodrigues.

Pontos a serem melhorados – O supervisor técnico do Novilho Precoce MS, Klauss Machareth, afirma que o acabamento dos animais ainda é um ponto a ser trabalhado, uma vez que a indústria frigorífica penaliza os animais “deficientes” para esta característica. Para se ter uma idéia, o preço de uma novilha de 14 arrobas sem a camada ideal de gordura é desvalorizado em R$ 5,70 por arroba, o que totaliza uma perda de R$ 79,80 por novilha. Entretanto, Machareth explica que os pecuaristas estão sendo orientados por técnicos da associação, de modo a diminuir os índices de desclassificação e perdas econômicas por animais com ausência de acabamento.

Solução – Avaliações genéticas indicam que tais perdas podem ser evitadas se o produtor adquirir touros com DEPs positivas para ultrassonografia de carcaça (DAOL, e DACAB) de rebanhos onde todos os animais da safra foram avaliados ao sobreano, em regime de pastagem. Este é o caso do Programa Nelore Brasil da Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores (ANCP). Já foram identificados touros Nelore de alto acabamento, cujos filhos podem ser abatidos inteiros a pasto a partir de 430kg de peso vivo. No entanto, também foram identificados touros sem terminação, cujos filhos machos inteiros a pasto não estariam pronto para a indústria frigorífica, nem mesmo com a utilização de grandes volumes de ração.

Alerta – O médico veterinário Argeu Silveira alerta que as medidas coletadas com base no indivíduo em animais com peso próximos aos 600 kg, ou após passarem por um período de preparo visando à comercialização, não devem ser consideradas. Não são recomendadas comparações entre medidas realizadas em condições diversas. Silveira sugere que o pecuarista não compre animais baseados em medidas de ultrassonografia. O que realmente imprime um acabamento próximo ao ideal, segundo ele, são as DEPs positivas para estas características.

Bárbara Ferragini

Assessoria de Imprensa Genética Aditiva

/ (67) 3321 5166

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