Agronegócio paulista exporta US$ 1,7 bilhão em janeiro
No final de janeiro deste ano a ONU declarou 2011 como o Ano Internacional de Florestas, promovendo o tema “Florestas para as pessoas”. A abordagem, lançada na 9ª Sessão do Fórum das Nações Unidas para Florestas (UNFF, sigla em inglês) em Nova Iorque, pretende destacar o papel fundamental das pessoas na conservação e exploração sustentável das florestas. Para entender um pouco mais sobre esse importante destaque às florestas, vamos primeiro lembrar os benefícios disponibilizados por elas?
As árvores são responsáveis pela fotossíntese, processo de absorver o gás carbônico (CO2) da atmosfera. Além de serem essenciais para o ecossistema e a vida de todos os seres vivos, elas aumentam a umidade do ar, atuam no ciclo da chuva, no equilíbrio da natureza e, por consequencia, auxiliam no combate ao aquecimento global. Ou seja, quanto mais árvores existirem no planeta, mais carbono será retirado do ar. E não é pouca coisa. São 28,9 bilhões de toneladas de CO2 emitidas por ano, em todo o mundo, por queima de combustível.
Nesse cenário, nós, brasileiros, podemos, e muito, ajudar o clima mundial. Somos responsáveis por 516 milhões de hectares de florestas naturais e plantadas, ficando atrás apenas da Rússia em termos de extensão florestal no planeta. Além disso, somos referência mundial em produtividade e manejo de florestas plantadas. No país, a silvicultura convive harmoniosamente com a mata nativa e não compete com a agricultura tradicional. Temos, como muito orgulho, um agronegócio sustentável.
Essa prática garante a estabilidade profissional e financeira de produtores rurais – que veem na silvicultura uma importante fonte de renda; fortalece o crescimento da indústria de celulose, madeira e papel, e dos fornecedores de equipamentos para o manejo dessas florestas, como motosserras e roçadeiras. Estes equipamentos fazem parte de um ciclo que contribui para a expansão do mercado tecnológico brasileiro.
Quer mais motivos para incentivarmos o cultivo de árvores? As árvores plantadas absorvem mais gás carbônico da atmosfera do que as florestas naturais, isso porque estão em constante e rápido crescimento. Ao todo, 1 bilhão de toneladas de CO2 são absorvidos pelas florestas plantadas para fins industriais. Além disso, segundo a Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel) as empresas do segmento florestal atendem e superam às normas ambientais e, para cada 100 hectares plantados, garantem a preservação de 170 hectares, que ajudam a preservar espécies da fauna e da flora, até mesmo os ameaçadas de extinção.
Apesar de todas essas vantagens, as florestas plantadas ocupam menos de 1% do território brasileiro. Conhecemos o Brasil como o país do futebol, da alegria, da natureza e do samba. São características naturais e culturais que devem ser incentivadas e conservadas, pois refletem nossa riqueza hereditária. O mesmo pode e deve acontecer com nossas florestas plantadas. Elas são um patrimônio inigualável, um recurso natural sustentável, que gera emprego e renda, produtos para nosso dia a dia, além de contribuir com a preservação do meio ambiente. Assim como a ONU fez, devemos nos lembrar que, acima de tudo, as florestas são para as pessoas.
Ronaldo Callmann
Gerente de Marketing e Produto para a América Latina da Husqvarna
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