Artigo - O Revitaliza precisa ser ajustado

13.11.2008 | 21:59 (UTC -3)

A crise que se abateu sobre o mercado hipotecário norte-americano acabou, como era de se esperar, atingindo a chamada economia real. O momento recomenda prudência, é certo, mas sem confundir com atitudes defensivas, pois em situações de retração é preciso ousar, construir e abrir novas frentes para que os posteriores momentos de bonança possam ser usufruídos e capitalizados.

É preciso efetiva parceria entre os setores público e privado para que a turbulência não seja fatal para setores de significativa importância para a economia nacional.

A reedição do Revitaliza, por exemplo, poderia se constituir em exemplo dessa parceria. Porém a vinculação do capital de giro aos investimentos futuros transforma esse importante programa em matéria para “inglês ver”.

O que os setores produtivos precisam, nessa época de incertezas e de crédito escasso, é de capital de giro. O governo possui instrumentos que podem contribuir para a redução do impacto negativo da crise na indústria nacional, como agilizar os ressarcimento de créditos na exportação, ajustar o Revitaliza para transformá-lo em efetivo apoio, criar linhas de financiamento para puro capital de giro e autorizar a compensação automática de créditos fiscais, decorrentes da exportação, com débitos tributários (INSS), só para citar alguns exemplos.

Estas ações, complementadas pela postura pró-ativa do setor privado, permitirão a manutenção de mercados duramente conquistados pelas indústrias brasileiras de couro.

Presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), entidade de âmbito nacional, que reúne associados de empresas privadas e sindicatos da indústria do couro, e vice-presidente da International Council of Tanners (ICT, sigla em inglês para Conselho Internacional dos Curtumes), entidade internacional que congrega representações de 25 países.

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