Bayer CropScience apresenta ao mercado a Rede AgroServices
Um fator fundamental para o desenvolvimento econômico é a inovação tecnológica. Na agropecuária, especificamente, essas atualizações dependem dos processos tanto de adoção como de difusão de tecnologias. Nesse sentido, a assistência técnica e a extensão rural (ATER) funcionam como um canal de comunicação, transferindo novas tecnologias, conhecimento e informações. O que permite que o produtor escolha a técnica que adotará.
No Brasil, as políticas e instituições de assistência e extensão rural passaram por muitas mudanças ao longo do tempo. Esse serviço teve início em 1948, com a criação de uma entidade em Minas Gerais. Nos anos 1970, surgiu a EMBRATER (Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural), com o objetivo de implantar uma matriz tecnológica especializada e produtivista. Dela, derivaram-se as EMATER, que até hoje ajudam a qualificar o agronegócio.
No entanto, a existência do conhecimento não é suficiente para que a assessoria especializada se transforme em benefício produtivo. Além de difundido, ela precisa ser assimilada e adotada. Existem variáveis que precisam ser consideradas quando analisamos o cenário da extensão rural no país. A começar pela postura dos produtores. Há aqueles que empregam de pronto as inovações, outros mais cautelosos, porém que utilizam as tecnologias, e os conservadores, que resistem às novas técnicas e, geralmente, adotam-nas quando não há alternativas.
Os dados disponíveis mostram ainda as diferenças na aplicação da extensão rural pelo Brasil. De acordo com o Censo Agropecuário de 2006, 61% das propriedades comerciais (patronais) não recebiam nenhum tipo de orientação técnica. Já entre os estabelecimentos familiares, esse índice chegou a 81%. Nos dois casos, Norte e Nordeste foram as regiões mais desassistidas. A baixa escolaridade de muitos agricultores e a infraestrutura deficitária em muitas áreas também são entraves à adoção de ATER.
As experiências mostram que a adoção de novas tecnologias traz maior eficiência técnica, maiores ganhos de produtividade e mais renda para o campo. Para avançarmos nesse importante auxílio ao campo, o Governo Federal vem realizando uma grande reestruturação no setor. Isso começou em 2003, com a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER). Mais recentemente, passamos a contar com o PRONATER, programa destinado à agricultura familiar e reforma agrária e com a ANATER (Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural).
Nos últimos anos, experimentamos uma série de grandes safras. Os produtores têm investido cada vez mais em máquinas e novas técnicas. Estamos avançando, mas sabemos que ainda há muito a ser feito. Trata-se de um processo longo, mas que, ao final, trará muitos benefícios. A assistência técnica e a extensão rural são diferenciais que geram maior produtividade e mais desenvolvimento para o agronegócio. E seus resultados são sentidos não só pelo campo, mas por todo o Brasil.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura