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Estamos às vésperas da Rio+20, a Conferência da ONU sobre o meio ambiente, que será realizada neste mês de junho, no Rio de Janeiro. Junho, aliás, se consagra como um mês ambiental, já que nesta terça-feira (5) é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi instituída em 1972, quando realizada a Conferência de Estocolmo, na Suécia, cujo tema central foi o Ambiente Humano.
Hoje, 40 anos depois das primeiras discussões oficiais sobre ambiente e desenvolvimento, e depois do Brasil sediar a Rio92, quando foi definida a Agenda 21, é possível constatar que poucas propostas saíram do papel, embora a última década tenha sido de prosperidade econômica. Nesse rumo de conciliar preservação com desenvolvimento, o Dia Mundial do Meio Ambiente de 2012 tem como tema “Economia Verde: Ela te inclui?”, complementando o tema central da Rio+20, que será a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza.
O debate sobre a Rio+20 tem que evoluir para além da economia verde, que busca equilibrar o ambiental. É preciso romper com o consumismo exacerbado das classes mais abastadas, enfrentar a pobreza e descentralizar as riquezas do Planeta. Durante a Rio+20, os governos e a sociedade devem discutir a inclusão social de toda a sociedade.
É nesse sentido que a própria Assistência Técnica e Social Rural busca manter a transição para uma produção ecológica e sustentável, eficiente em recursos e com baixa emissão de carbono. Para isso é preciso aumentar a conscientização de todos, urbanos e rurais, para a preservação ambiental.
Especialmente onde a natureza é exuberante, o conflito entre preservação e produção confunde. Por isso é importante ressaltarmos que preservar não significa apenas não utilizar os recursos naturais. É possível manter um desenvolvimento em harmonia com a natureza, ou seja, produzir alimentos e melhorar as condições de vida das pessoas, sem degradar os recursos naturais, como água, solo, matas e ar.
No caso das florestas, é preciso romper com o ciclo do desmatamento, especialmente da Bacia Amazônica, até porque a umidade da Amazônia representa uma parcela significativa das chuvas que ocorrem aqui no RS.
Isso ocorre porque os problemas ambientais estão além de uma comunidade ou um município. Vivemos no mesmo planeta e, assim, os problemas hoje são globais. Prova disso é que em regiões onde ninguém pisou há resíduos tóxicos, “levados” pelas correntes de ar ou marítimas.
Propostas de uso racional da água, de recuperação do solo e de tratamento do lixo devem fazer parte de um novo modelo de desenvolvimento que priorize a agroecologia, a educação ambiental e posturas mais sustentáveis, até porque, entre tantos desafios, temos que inverter o triste ranking brasileiro de maior consumidor mundial de agrotóxicos. Isso sem aprofundar o importante apelo para a redução do uso de outros produtos químicos, como chumbo e mercúrio, amplamente utilizados na higiene e limpeza de nossas casas e mesmo pessoal.
Numa análise mais criteriosa, é possível afirmar que cada residência possui quantidade significativa de produtos químicos, que diariamente escorrem pelos ralos, contaminando rios. Assim, não é preciso viver no meio rural para comprometer a qualidade de vida e do nosso ambiente. A mudança para um mundo mais equilibrado, harmônico, e menos degradante e contaminador, acontece em cada pessoa e nas atitudes e hábitos que priorizamos no nosso dia a dia.
Tomemos então o Dia Mundial do Meio Ambiente como um momento de reflexão sobre os usos que damos aos recursos naturais e a todos os demais seres do nosso limitado Planeta.
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