Tecnologias e cultivares da Embrapa ficam mais acessíveis aos produtores
Operando desde 1978, o programa de melhoramento genético de cevada gerou milhares de novas linhagens das quais, 20 foram lançadas como cultivares para uso comercial.
- BR 2, a primeira cultivar lançada (1990), representou um marco na produção nacional pela resistência à mancha reticular que reduziu duas aplicações de fungicidas e pelo incremento de 400 kg ha-1, no rendimento médio da lavoura. Predominando na lavoura, foi cultivada em quase um milhão de hectares no RS, SC e PR.
- BRS 195 lançada em 2001, predominando na lavoura até 2010, contribuiu para a elevação média de 600 kg ha-1 na produtividade e pelo superior tipo agronômico (porte anão e alto rendimento), representou verdadeira revolução em tipo de planta. Pela adaptação ao plantio direto, BRS 195 foi decisiva para a recuperação da área cultivada, em declínio pelo alto acamamento das cultivares tradicionais no novo sistema.
- BRS Cauê, BRS Elis e BRS Brau todas de porte anão e produtos da biotecnologia, aumentaram desde 2009, em média 300 kg ha-1, o rendimento da lavoura e proporcionaram melhoria significativa em qualidade de malte tornando a mesma competitiva em relação ao produto importado.
As cultivares geradas pela Embrapa, semeadas em mais de 70% da área desde 1995, foram e continuam sendo, fundamentais para a consolidação de produção competitiva de cevada cervejeira no país. A disponibilização de cultivares adaptadas à produção irrigada foram fundamentais também para a viabilização da cultura nos cerrados, nova fronteira agrícola para a produção de grãos. BRS 180, BRS 195, BRS Sampa e BRS Manduri vem desde 1999, viabilizando produção competitiva em rendimento e qualidade em pequena escala em SP, MG, GO e DF, com produtividade média de lavoura acima de 5.000 kg ha-1. Cultivadas atualmente (BRS Brau, Cauê, Elis, Sampa e Manduri), apresentam potencial de rendimento superior a 6.000 kg ha-1, comprovado em lavouras, e perfil de qualidade de cevada e de malte competitivos que atendem as especificações da indústria cervejeira.
Os principais avanços qualitativos proporcionados pela genética Embrapa foram aumento de 10% em grãos de primeira e redução de 2% no teor de proteínas da cevada e 3% de aumento no teor de extrato do malte ou rendimento na cervejaria.
No período 1990 a 2011, o programa Embrapa contribuiu com pelo menos 70% do aumento de 660 kg ha-1 (10 sacos) ou seja, 31 kg ha-1 ao ano, verificado no rendimento médio da lavoura de cevada cervejeira do país, que pode ser atribuído à genética em área média semeada de 100.000 ha ano-1 no período.
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