FMC promove Giro Talstar
Com o aparecimento de novas pragas e doenças na Soja e no Milho, especialmente, a tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários vem se tornando cada vez mais uma “arte” estratégica dentro da condução da lavoura.
Aplicar no momento adequado, com as melhores gotas; evitar problemas de escorrimento e/ou perdas por evaporação e deriva; obter a melhor cobertura... são apenas algumas das muitas faces que envolvem a tecnologia de aplicação.
Embora a aviação agrícola não seja uma ferramenta nova, um fato recente para o setor de agronegócios, ela ainda é desconhecida tecnicamente pela maioria dos que labutam na atividade, e as vezes, até mesmo pelos próprios operadores aeroagrícolas, que por falta de maior integração com a área de pesquisas agrícolas, demoram para agregar novas metodologias.
A aplicação aérea sem dúvida alguma traz grandes benefícios para o produtor rural, como: a possibilidade de operar em seguidas as chuvas, mesmo com o solo encharcado; não transferir vetores de uma área para outra; não ferir as plantas; não amassar a cultura nem compactar o solo; e por aí vai... mas, a principal vantagem desta tecnologia está na qualidade da “cobertura”, ou seja da distribuição uniforme das gotas sobre a planta!
Escolher entre a tecnologia aérea, ou terrestre, tem a ver especialmente com as opções operacionais do agricultor, e as características gerais da sua lavoura. Além é claro, do tempo e das condições ambientais no momento dos tratamentos.
Basicamente, as duas tecnologias quando bem executadas atendem a contento o desejado: cumprem a missão!
Talvez, e muito provavelmente, o grande problema quando da opção por uma ou pela outra ferramenta, esteja no comprometimento do Operador; na capacidade técnica do Tratorista ou do Piloto para executar com responsabilidade e qualidade o trabalho.
As tecnologias aérea e terrestre na verdade se completam, e devem ser usadas em conjunto sempre que possível.
Com o advento das doenças em culturas como a Batata, a Soja e o Milho, a exigência mais do que nunca é aplicar bem... colocar o defensivo exatamente no alvo!
E isso depende de gente bem treinada/qualificada, o que infelizmente, não é muito comum dentro do segmento terrestre. Ainda existem grandes gargalos técnicos que precisam ser ultrapassados pelas fazendas, como por exemplo: manutenção regular dos pulverizadores; qualificação constante do operador; e respeito as condições mínimas ambientais para a execução do serviço.
Já no segmento aéreo boa parte das Empresas de Aviação Agrícola atuam dentro da tecnologia preconizada, muito embora ainda existam alguns casos mais isolados de Operadores displicentes.
De qualquer forma, seja por avião ou trator, o importante é que o agricultor e o seu agrônomo observem atentamente as condições operacionais das máquinas e dos operadores, para obter a melhor proteção possível para as suas lavouras.
É membro pesquisador do NATA/PR-UNICENTRO; especialista em agronegócios. Foi Piloto Agrícola. É RTV da Inquima. Guarapuava, Pr.
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