Arrozeiros retomam plantio de arroz no RS

07.11.2008 | 21:59 (UTC -3)

Produtores de arroz do Rio Grande do Sul puderam retornar aos trabalhos de plantio, aumentando em seis pontos o percentual da área semeada, que alcança, nessa semana, 50%. O aumento na temperatura foi um fator positivo, fazendo com que as sementes germinassem sem grandes dificuldades, em que pese o excesso de umidade em alguns casos. Conforme dados do Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, apesar desses pequenos contratempos, a safra 08/09 está adiantada em relação a anos anteriores. A cultura está com 45% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

A safra de soja deste ano começa em atraso se comparada aos anos anteriores. Devido às chuvas ocorridas durante o mês de outubro, os produtores não conseguiram manejar, no devido tempo, a dessecação das áreas destinadas à oleaginosa. Além disso, o excesso de umidade em alguns casos, impede a entrada de máquinas nas lavouras, dificultando todo o processo. Todavia, a perspectiva de um tempo mais seco daqui para frente fará com que esse atraso seja diminuído, com grande probabilidade de o plantio ser encerrado dentro da época recomendada.

A evolução da lavoura do feijão também no RS foi lenta na semana. A colheita ficou quase que paralisada nas maiores regiões produtoras, aumentando a semeadura em apenas 2%, chegando aos 79% da área prevista. O desenvolvimento das plantas também ocorreu de maneira branda em decorrência das condições de clima e solo. Há preocupação dos agricultores com a possibilidade de aumento de doenças, pois a alta umidade e o calor possibilitam a difusão destas na lavoura.

Já a safra 2008/09 do milho, mesmo com as sucessivas interrupções devido às chuvas nos últimos períodos, se encontra adiantada em relação aos anos anteriores. Nessa semana, com o tempo mais seco, os produtores puderam aumentar o percentual de área plantada, chegando à marca de 70% em âmbito estadual. O percentual é ainda maior em regiões como Missões, Noroeste Colonial, Alto Uruguai e Alto Jacuí.

Colheita

Apesar do avanço da colheita do trigo devido ao tempo mais seco ocorrido nesses primeiros dias de novembro, o processo como um todo está bastante atrasado, alcançando apenas 20% do total. À medida que os produtores avançam sobre as lavouras, mais claro começa a ficar o quadro com relação aos prejuízos causados pelas pesadas chuvas. A qualidade do produto tem caído de maneira significativa nas lavouras que amadureceram sob condições de excesso de umidade. A quantidade de lavouras com problemas de tombamento também é significativa em algumas regiões, fazendo com que os agricultores tenham grandes dificuldades em retirar o produto, além de aumentar, em muito, a queda de grãos na lavoura.

A lavoura de canola se encontra pronta para ser colhida na maioria das áreas de produção, mas até o início da semana eram poucos os produtores que tinham conseguido colocar as máquinas a campo. A região que possui o maior percentual colhido é a Noroeste, pois iniciou um pouco antes, fugindo das precipitações do período. O problema agora para os produtores é quanto de redução eles terão em função da perda do ponto ideal de colheita, pois as plantas se encontram maduras na lavoura e poderão perder qualidade e reduzir a produção.

Boa parte a lavoura da cevada já se encontra em maturação e pronta para ser colhida, mas em muitas áreas ainda não foi possível realizar essa operação, pois as chuvas são freqüentes, impossibilitando a tarefa. Segundo os técnicos, há perdas em qualidade e produtividade nas regiões produtoras.

Hortegranjeiros

Na Serra, a lavoura de cebola vem se desenvolvendo de forma razoável. Para o controle das moléstias está se intensificando as aplicações de fungicidas, refletindo-se nos custos de produção. Os cultivares precoces estão sendo colhidos, apresentando bulbos desuniformes e com significativa percentagem de plantas com o pendão floral. As lavouras do tarde ainda se encontram em plena bulbificação.

Nos municípios de Bom Princípio e Lajeado, situados nos vales do Caí e Taquari, foram significativas as perdas nas áreas com cultivo de moranguinho, chegando aos 25% e 15%, respectivamente. Essa situação decorre dos problemas climáticos acontecidos no mês passado. Na Zona Sul, a situação das áreas de cultivo são normais. Encontra-se acelerado o ritmo de colheita neste período, aumentando a oferta de produto nos pontos-de-vendas, com redução de preços, tendendo a estabilidade.

Raquel Aguiar

Emater/RS-Ascar

51 2125-3105

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025