A incidência de greening diminuiu 15,3% na região de Matão, passando de 21,63% em 2017 para 18,32% em 2018, segundo levantamento realizado pelo Fundecitrus - Fundo de Defesa da Citricultura. No entanto, o índice da doença é considerado severo e a região é a quinta mais afetada das 12 regiões que compõem o cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, atrás apenas de Brotas (58,16%), Limeira (34,01%), Duartina (32,78%) e Porto Ferreira (27,41%).
O índice de greening em Matão está próximo da incidência média verificada em todo o parque citrícola, que é de 18,15%, a maior já registrada desde que a doença chegou ao país, em 2004.
O greening é a pior doença da citricultura. Ele não tem cura e compromete a produção devido à queda precoce dos frutos, que não se desenvolvem normalmente e ficam com sabor mais ácido. As plantas doentes devem ser erradicadas.
Período crítico
Para evitar novos casos de greening, os citricultores devem, além de adotar o rígido manejo da doença, intensificar o controle do psilídeo, seu inseto transmissor. O período entre o final de inverno e o início do verão é considerado crítico, pois a população do inseto aumenta favorecida pelo início das chuvas intensas. As chuvas removem ainda os inseticidas aplicados nas plantas e reduzem a eficácia dos produtos.
“O manejo precisa ser bem feito durante todo o ano, mas nesse momento é imprescindível que seja mais frequente para proteger os pomares de novas contaminações”, afirma o pesquisador do Fundecitrus Silvio Lopes.