TECO Brasil sobre etanol de milho será realizado na próxima semana em Cuiabá (MT)
Autoridades governamentais, representantes da cadeia produtiva e pesquisadores analisarão as tendências e o futuro da atividade
Um importante avanço genuinamente brasileiro ocorrerá nos próximos anos com o desenvolvimento de inoculantes resultante de novas estirpes de Azospirillum brasilense, uma bactéria fixadora de nitrogênio e promotora de crescimento vegetal, muito importante e utilizada em diversos cultivos. No último dia 29 de agosto, durante a realização do principal evento do setor, a reunião da rede de laboratórios de recomendação, padronização e difusão da tecnologia de inoculantes microbianos para interesse agrícola (RELARE 2018), foi assinado para esta finalidade um contrato entre a Associação Nacional dos Produtores de Inoculante (ANPII) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
As cepas das bactérias das novas estirpes de Azospirillum brasilense foram selecionadas nos laboratórios do departamento de Bioquímica da UFPR, pela equipe dos pesquisadores Fábio Pedrosa e Emanuel Souza. Estes microrganismos mostraram potencial de fixação de nitrogênio maior que que o material atualmente utilizado pelos inoculantes disponíveis no mercado agrícola e a sua comprovação nos ensaios de campo iniciará um novo ciclo de aprimoramento dos inoculantes, com tecnologia totalmente brasileira.
Para José Roberto Pereira de Castro, presidente da ANPII, como o nitrogênio é o nutriente demandado em maiores quantidades na produção dos principais cultivos, supri-lo de forma econômica e sustentável é crucial. Com este contrato, a pesquisa entrará numa fase avançada e permitirá o lançamento, num futuro próximo, de um insumo com elevado potencial agronômico, que muito contribuirá para o crescimento da produção agrícola brasileira. "Somando as capacidades técnicas de cada uma das partes e diluindo os custos entre um grupo de empresas associadas à ANPII, serão realizados os testes de campo, que são caros, mas indispensáveis. Na finalização do processo, passaremos a contar com resultados positivos que certamente permitirão a entrada do novo inoculante no mercado, de forma rápida e com custos compartilhados de desenvolvimento", explica.
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