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Mal comum que pode afetar tanto homens quanto animais, a raiva configura-se em uma importante zoonose com incidência observada em mamíferos de vida doméstica e/ou selvagem. Nos animais, a doença é fatal e no Brasil a estimativa é que morram entre 40.000 a 50.000 bovinos de Raiva todos os anos, determinando grandes prejuízos.
A doença é causada por vírus denominado Lyssavirus que pertence à família Rhabidoviridae e o seu principal agente transmissor aos bovinos no Brasil é o morcego hematófago (que se alimenta de sangue) Desmodus rotundus. A principal via de transmissão doença é a saliva do animal portador do vírus. É importante destacar que tal transmissão pode ocorrer mesmo antes de o animal doente apresentar sintomas aparentes. A Raiva também pode ser mais raramente transmitida aos bovinos, através de ferimentos provocados por mordidas dos animais domésticos ou selvagens, que estejam doentes”, explica Marcos Malacco, médico veterinário e gerente técnico da Merial Saúde Animal.
Para Malacco, tentar diagnosticar a raiva bovina procurando por ferimentos provocados pelo ataque de morcegos hematófagos, pode ser um grave erro, pois o período de incubação da doença nos bovinos é longo, comumente pode variar entre 60 e 90 dias, dependendo do local da inoculação e da quantidade de vírus inoculada no animal. “Existem relatos de período de incubação de até 23 semanas. Assim os animais poderão ter sido infectados muito antes de mostrarem os sinais clínicos e sintomas clássicos da doença”, alerta.
De acordo com o especialista existem duas formas clássicas de manifestação da Raiva nos mamíferos, sendo a primeira denominada Raiva Furiosa aquela que se caracteriza por comportamento agressivo, sendo mais freqüente nos carnívoros domésticos e/ou selvagens e mesmo no homem. Nos herbívoros a manifestação mais freqüente é a Raiva Paralítica caracterizada por: isolamento do rebanho; ranger de dentes; tremores musculares; dificuldade de locomoção iniciada no quarto traseiro e progredindo para o dianteiro; dificuldade na mastigação e deglutição (parecendo estar engasgado); mugidos roucos e repetidos; retenção urinária, às vezes com ruptura da bexiga; nos estágios finais o animal se deita, não consegue mais se levantar, apresenta a cabeça voltada para cima e para traz (opistótono) e morre por paralisia dos músculos respiratórios.
Uma das formas de controle da Raiva bovina é feita por meio do controle das populações de morcegos hematófagos, método que requer a participação de pessoal treinado e imunizado, além de equipamentos apropriados. Esse trabalho nunca deve ser realizado por pessoas leigas e para tal o Serviços de Defesa Sanitária Animal de cada região deverá ser comunicado para, então, encaminhar pessoal especializado.
Outra forma de combater a doença é a vacinação sistemática dos rebanhos. Em algumas regiões do país a vacinação é obrigatória e determinada pelo órgão competente. A Raiva é doença fatal na grande maioria das vezes, logo a cura de animais infectados é bastante rara. Assim o melhor procedimento é preveni-la por meio da vacinação de todo o rebanho. A Merial Saúde Animal tem como solução preventiva para a bovinocultura a vacina Alurabiffa, consagrada nas mais diversas situações de desafio e regiões brasileiras. O ideal é que os animais que estejam recebendo a vacina pela primeira vez recebam duas doses da vacina, normalmente intervaladas por 30 a 60 dias. Após a realização da segunda dose as revacinações serão a cada 12 meses ou de acordo com as recomendações dos órgãos competentes em cada região, caso seja obrigatória.
Os bezerros e bezerras normalmente receberão a primeira dose aos três meses de idade, podendo este procedimento ser modificado segundo a recomendação do médico veterinário. Caso a região onde se encontre a fazenda seja de vacinação obrigatória o procedimento indicado precisa ser seguido irrestritamente.
É importante mencionar que o calendário de vacinações contra a raiva deve compor o manejo sanitário dos bovinos nas regiões onde a doença esteja presente. Somente aplicando um calendário efetivo de vacinações e utilizando vacina altamente eficaz, os animais estarão protegidos e enormes prejuízos serão evitados. Assim, deixar para vacinar os animais apenas nos momentos de surto é uma prática equivocada, pois vários animais já poderão estar doentes, em período de incubação da doença, e nestes casos a vacinação não será efetiva. A Merial é referência mundial na produção de vacinas, dentre elas as vacinas contra raiva.
Texto Assessoria de Comunicação
(11) 2198-1888
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