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A preocupação com a próxima safra do algodão em virtude dos altos custos de produção foi o principal tema discutido pelo GBCA - Grupo Brasileiro de Consultores de Algodão - em sua última reunião, realizada entre os dias 24 e 26 de setembro, em Sorocaba.
O XVIII encontro do grupo, que tem como objetivo o aumento da rentabilidade sustentável da cotonicultura, a atualização profissional e o fortalecimento da classe dos cotonicultores, contou com a presença de 12 participantes. Os consultores do GBCA, formado por 14 membros, representam, atualmente, cerca de 60% do algodão plantado no Brasil.
Segundo Celito Breda, da consultoria Círculo Verde, que na oportunidade foi empossado o novo presidente da entidade, os resultados da última safra foram bastante positivos. No entanto, Breda acredita que haverá redução da área plantada para a safra seguinte. “Se falarmos no Brasil como um todo, acredito que haverá uma redução de 10% a 15% de área destinada ao algodão na próxima safra. Isso se dará principalmente em função dos altos custos da produção”, explica Breda.
O secretário do GBCA, Ruben Staudt, da Astecplan, tem a mesma opinião. “A alta dos fertilizantes elevou o custo da produção. Teremos uma redução de 15% da área plantada, mas pode ser mais”, avisa Staudt.
Para Celito Breda este é um momento importante da entidade se posicionar e contribuir para não enfraquecer a cultura do algodão no país. “O GBCA terá que se posicionar, queremos contribuir propondo idéias e sugestões para que a próxima safra não sofra prejuízos”, completa.
Para o consultor, Jonas Guerra, da Guerra Consultoria, que também participou da reunião e atua na região de Mato Grosso, o seu estado pode sofrer uma redução de até 40% na área plantada, se nada for feito. “O alto custo dos fertilizantes é um problema, mas não afetou muito a última safra, que teve uma boa produtividade, mas agora também enfrentaremos a falta de crédito para o custeio da lavoura”, completa Guerra.
Breda sabe que enfrentará um momento difícil enquanto estiver presidindo o GBCA, mas não deixa de apostar na cultura do algodão. “As crises trazem oportunidades. Basta saber como readequar custos e estar preparado para a safra subseqüente”, conclui o presidente.
Fonte: Attuale Comunicação – (11) 4022-6824
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