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Haroldo Cunha, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), fala sobre as expectativas do setor em relação à safra que começa a ser colhida agora.
Haroldo CunhaEle afirma que esta safra será melhor qualitativa e quantitativamente, e acredita que o cotonicultor poderá ter ganhos até 20% maiores do que os verificados na safra anterior ao comercializar o produto internamente.
A safra 2009/2010 será melhor do que a do ano passado, principalmente em termos de qualidade. A safra passada foi prejudicada por chuvas na colheita, diferentemente do que vem ocorrendo esse ano, pois as chuvas cessaram muito cedo. Quanto à produtividade, também será maior do que no ano anterior, com exceção do estado do Mato Grosso, onde há previsões de queda de cerca de 10%, ou até mesmo um pouco acima disso. Portanto, estamos falando de uma produção de cerca de 1.240 mil toneladas, superior às 1.190 mil toneladas da safra passada.
Sem dúvida ao aumento da produtividade, em função das condições climáticas, sobretudo nos estados da Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. O aumento não é muito significativo, pois os números recentes trazem a redução da produtividade do Mato Grosso. Ainda assim, a produtividade será cerca de 5% maior do que a da safra anterior.
Neste ano foram plantados cerca de 75 mil hectares neste sistema, dos quais 52 mil no estado do Mato Grosso. As condições climáticas foram bem diferentes da safra anterior, quando foram cultivados cerca de nove mil hectares, o que evidencia a necessidade de mais estudos para que se chegue a dados mais concretos sobre essa modalidade de plantio. O pacote tecnológico, ou seja, o manejo mais indicado para cada região, como época de plantio e variedades, só pode ser mais bem definido quando há dados da produção de pelo menos três a quatro safras. Entretanto, é bastante evidente que se trata de um sistema muito interessante, sobretudo quando o algodão entra como segunda safra, melhorando o rendimento por hectare, somado à receita da cultura anterior, que é basicamente a soja.
Nessa safra, sem dúvidas, teremos uma comercialização mais favorável ao produtor. Com relação aos contratos para exportação, que sempre são feitos com um ou dois anos de antecedência, há uma quantidade razoável de algodão vendida a preços baixos para os parâmetros atuais, o que vai comprometer parcialmente a renda do produtor. Já o algodão que será destinado ao mercado interno promete preços bem superiores aos da safra passada, em cerca de 20%. Além disso, espera-se que no decorrer da safra não haja uma queda tão acentuada dos preços devido à oferta justa ao mercado interno. Com uma produção de cerca de 1.240 mil toneladas, consumo da indústria na ordem de 950 mil toneladas e mais de 50% da safra comercializada, deverá ocorrer uma boa disputa entre a indústria e os exportadores pelo algodão brasileiro. Espero que os produtores se beneficiem desse bom momento.
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