Alegrete sedia capacitação sobre solo e água

11.09.2013 | 20:59 (UTC -3)

Com o objetivo de capacitar técnicos e produtores para o correto manejo do solo, a Emater/RS-Ascar e Embrapa Pecuária Sul promovem, na sexta-feira (13/09), capacitação sobre conservação de solo e água. O evento será realizado no auditório do Centro Administrativo de Alegrete, localizado na Rua Major João Cezimbra Jacques, 200, a partir das 9h. A capacitação é uma iniciativa do Grupo de Trabalho de Solo e Água de Alegrete, com apoio da Fundação Maronna, Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Instituto Federal Farroupilha, Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade da Região da Campanha (Urcamp), entre outras.

Segundo o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Tailor Garcia, na Fronteira Oeste, os plantios de verão (soja e milho) são predominantes em solos com textura arenosa, com baixa fertilidade natural, baixos teores de argila e matéria orgânica, com pouca ou nenhuma agregação, o que os torna muito suscetíveis à erosão hídrica. Além disso, na região são frequentes os períodos de estiagem de verão.

Devido às características deste solo, Garcia afirma que para os cultivos de verão recomenda-se sistema de plantio direto na palha, com o uso de terraços e rotação de culturas e o sistema de integração lavoura-pecuária, como forma de evitar perdas de solo e da fertilidade para obtenção de boa produtividade.

Grupo de Trabalho de Solo e Água

Ao observar a necessidade de um trabalho que se dedicasse à avaliação e conservação do solo, entidades ligadas à pesquisa, ensino e extensão rural decidiram formar um grupo. Dessa forma, surgiram, em 2012, o Grupo Estadual de Solo e Água e dez grupos regionais.

O objetivo geral do grupo é estabelecer parcerias entre organizações públicas de ensino, pesquisa e extensão rural e o setor privado (organizações cooperativistas e agroindústrias), com o intuito de ampliar e qualificar a agricultura conservacionista do Rio Grande do Sul, assim como reduzir as perdas da produção por estiagens de curta duração.

Segundo as pesquisas realizadas pelo grupo, práticas inadequadas de manejo do solo colocam em risco a sustentabilidade da produção agrícola no Estado. De acordo com Garcia, assim como observado na região da Campanha, o aumento significativo da soja, na Fronteira Oeste, em solos inadequados para culturas anuais, preocupa o grupo.

O engenheiro agrônomo explica que o plantio direto na palha melhora a estrutura, a porosidade, a aeração e o armazenamento de água no solo. Já no caso de verões chuvosos, os plantios convencionais (solo lavrado) e plantios diretos sem cobertura de palha, correm o risco de perda de solo devido à erosão. Outro fator destacado por Garcia são as enxurradas, que provocam a perda da fertilidade do solo, o assoreamento e a contaminação de fontes de água com agroquímicos.

Programação:

9h – Abertura

9h15 – Aptidão agrícola das terras da região, com o engenheiro agrônomo da Embrapa Clima Temperado Carlos Alberto Flores;

10h15 – Zoneamento agroclimático de risco e ocorrência de perdas por estiagem, com o engenheiro agrônomo da Embrapa Pecuária Sul Gustavo Trentin;

11h – Manejo de pastagem na integração Lavoura-Pecuária, com o engenheiro agrônomo da Embrapa Pecuária Sul Naylor Bastiani Perez;

12h – Intervalo para almoço;

13h30 – Manejo do solo na integração Lavoura-Pecuária, com o engenheiro agrônomo da UFRGS Renato Levien;

14h30 – Alternativas de culturas para áreas de várzea, com o engenheiro agrônomo da UFSM Enio Marchezan;

15h30 – Manejo do solo em áreas arenosas degradadas, com o engenheiro agrônomo Flávio Eltz;

16h30 – Encerramento.

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