Cultivar online entra em recesso até janeiro
O professor da Universidade de São Paulo e palestrante do Showtec 2012, Marcos Fava Neves, defendeu que o agronegócio é o principal gerador de riqueza do Brasil. Na palestra “Agricultura Brasileira. Profissionalização, Competitividade e Sustentabilidade”. “Antes precisávamos pagar para participar dos congressos internacionais, hoje somos pagos para estarmos lá”, apontou.
Fava Neves apontou que até 2020, o agronegócio deve gerar US$ 200 bilhões. Em 2011, o setor rural gerou US$ 95 bilhões. Sem os números positivos da agropecuária brasileira, o saldo da balança comercial ficaria negativo. “Cairíamos de 44,7 bilhões de dólares positivos, para 20,2 bilhões de dólares”, apontou Fava Neves, comparando os saldos de 2005 para 2010.
Para ele a crise mundial não vai atrapalhar o crescimento brasileiro. Tudo porque em 2.000, 60% do que era exportado ficava centralizado para os Estados Unidos e os países da Europa. Já em 2010, o percentual de comércio com esses locais caiu para 34%. “Nossos compradores se diversificaram, logo se a Europa enfrenta uma crise, ela não afetará o Brasil”, conclui Fava Neves.
O palestrante também vê na África, além da Ásia, uma potencialidade como mercado consumidor. “O País [África] cresceu mais do que a Ásia, e esse reflexo vem na compra de mais alimento”, apontou, informando que as crises afetam menos a aquisição de alimentos.
O professor da USP apontou ainda que o agronegócio brasileiro é também um distribuidor de renda. “O agronegócio reduz a desigualdade social”, comentou. Ele explica que é preciso gerar renda, antes de distribuí-la. Como o agronegócio produz riqueza, gerando empregos, aumentando o consumo interno e trazendo novos investimentos por meio da instalação de novas industrias, ele distribui melhor os recursos.
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