​Agronegócio inspira indústria e outros setores em noite de bate-papo

O painel “Agronegócio: o Brasil que dá certo” reuniu grandes nomes do agronegócio, inclusive ex-ministro da Agricultura Francisco Turra

13.02.2017 | 21:59 (UTC -3)
Sara Kirchhof
ptenesfrde

O painel “Agronegócio: o Brasil que dá certo", chamou para o palco do Curitiba Comedy Club na última semana, o ex-ministro da Agricultura e atual presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, o gerente de marketing e de Piscicultura do Grupo Bom Futuro, Jules Bortoli, o gerente nacional de distribuição da Bayer CropScience, Everson Zin, e o diretor de vendas e marketing do Banco CNHi Capital, Marcio Contreras. A divulgação do quinto levantamento da safra pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no início da manhã de quinta-feira (9) ajudou a confirmar o sentimento de otimismo no setor, que ditou o ritmo do debate. O relatório mostra que a produção de grãos deve crescer 17,4% na safra de 2016/2017, aumento de 32,5 milhões de toneladas em relação à safra anterior. O número representa um recorde de 219 milhões de toneladas de grãos. “O Brasil vai ser salvo pelo agronegócio, que é a sua grande vocação. Nós estamos hoje lentamente descobrindo o País. O Brasil produtor já está revelado, produzimos de tudo, muito e bem, e também temos muita competitividade. Agora, nós temos que dar um passo para a agregação de valor, que é o que nós discutimos aqui hoje, para injetar mais dinheiro no campo evitando que o emprego vá para fora", explanou o ex-ministro, Francisco Turra.

O mercado da piscicultura também foi um dos destaques do painel. O setor é responsável por uma produção anual de mais de 3.000 toneladas de peixe no Grupo Bom Futuro. Tudo, de forma sustentável. O grupo conta com três unidades de produção em um tanque escavado e com uma unidade de produção em tanque rede que, ao todo, somam cerca de 250 hectares de lâminas d ́água. O gerente de Piscicultura do Grupo Bom Futuro falou sobre os desafios quando iniciaram-se os investimentos no setor. “Eu lembro que eu dizia que o peixe era uma cadeia nova e muito complicada e a primeira geração do grupo sempre dizia para olharmos isso como uma grande oportunidade. Justamente por ser um setor desestruturado, você tem todo um caminho por trilhar, por não ter tecnologia, você tem que desenvolvê-la, por não ter maquinário pronto, você tem que fabricar, ou seja, temos que aprender a transformar as dificuldades em oportunidades e foi essa a lição que ficou aqui hoje", refletiu Bortoli.

Turra também comentou que o Brasil deve prestar mais atenção no mercado da piscicultura. “Neste novo Brasil há uma diversidade de possibilidades. Esta empresa ligada ao mercado de pescados me causou a melhor das impressões porque eu tive uma dimensão maior de um mesmo Brasil. Eu via sob o ponto de vista na produção de proteína animal, de suínos e aves, e o Brasil é maior que isso. O Brasil produz pescados, grãos, hortaliças, hortifrutigranjeiros, flores, tudo! A dádiva de Deus, que é o território e o clima, a gente tem, o desafio é desenvolver mais isso", afirmou.

Outra notícia que movimentou o setor de maquinário durante a semana e também o painel, veio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que apontou um aumento de 74,9% na venda de máquinas agrícolas no mês de janeiro em comparação o mesmo período do ano passado. Contrera da CNH analisou os índices e falou sobre o atual cenário, vislumbrando uma reação positiva no setor. “O aumento da participação do agro no PIB brasileiro deve impactar diretamente na retomada do emprego, especialmente nas indústrias, como a nossa que produz máquinas. Nós vamos precisar contratar pessoas, o próprio produtor rural está comprando caminhões, máquinas de construção, e isso tudo acaba impactando direta e indiretamente a indústria brasileira como um todo", avaliou.

Everson Zin, da Bayer, também avaliou o atual momento positivamente: “Esperamos que essa grande produtividade e essa renda que está sendo gerada ajudem o Brasil a sair dessa recessão e, assim, o produtor mais capitalizado, tende a investir mais também, entrando no que chamamos de 'círculo virtuoso'. Investindo mais, se produz mais e se gera mais renda. Acreditamos que os próximos anos, começando por este, serão anos prósperos para a agricultura, principalmente no setor de grãos", ressaltou Zin, da Bayer CropScience.

O painel “Agronegócio, o Brasil que dá certo", promovido pela Transjoi Transportes em conjunto com a Izolog Operações Logísticas, contou com a força de uma rede de relacionamentos de amigos e parceiros, entre eles a AgroBravo. Cerca de 150 pessoas estiveram presentes no local e puderam participar fazendo perguntas aos convidados. O evento representou um marco positiva na história da Transjoi, que já se aproxima das quatro décadas. “Estamos muito felizes com o resultado do evento, conseguimos proporcionar aos nossos clientes uma noite agradável em um ambiente de descontração, mostrando um cenário diferente do que estamos acostumados a ver no dia a dia, um cenário de prospecção e otimismo, no qual o Brasil vem crescendo e irá continuar crescendo que é o agronegócio. A Transjoi acredita que 2017 será um ano melhor e o País terá a sua retomada na economia", ressaltou Juliano Isotton, um dos diretores da Transjoi.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025