Agrocafé debate os avanços tecnológicos do agronegócio café

22.03.2011 | 20:59 (UTC -3)

Com perspectiva de chegar a 2012 como o maior consumidor mundial de café - superando os Estados Unidos - título que se soma ao de maior produtor e maior exportador, o Brasil terá de investir cada vez mais em tecnologia, seja no laboratório, na lavoura, na infraestrutura, ou na indústria. O desafio é não apenas atender em volume e qualidade à demanda, mas ser competitivo, sustentável, ambientalmente correto e economicamente sustentável. Estas conclusões permearam todas as apresentações na tarde do segundo dia do 12º Simpósio Nacional do Agronegócio Café (Agrocafé), que está reunindo desde segunda-feira (21) aproximadamente 1mil participantes, sobretudo produtores, no Hotel Bahia Othon Palace, em Salvador.

 

O painel “Avanços tecnológicos do agronegócio café”, coordenado pelo presidente do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Florindo D’Alberto, e pelo presidente da Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé), Glauber de Castro, abordou o papel da pesquisa científica, mecanização e industrialização do grão, e teve como palestrantes o pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas, Luiz Carlos Fazuoli, o diretor geral da Lilla Máquinas Indústria e Comércio, Fernando Fernandes, o gerente comercial da empresa Pinhalense, Reymar Andrade, Tomás Miguel, da Paini & Alves, e o diretor de marketing da Café Brasil, Marcelo Frota.

 

De acordo com o pesquisador do IAC, a tecnologia, que tem de estar presente em todas as etapas da produção, está ao alcance do produtor brasileiro, e este precisa tomar decisões para escolher entre as melhores para o contexto dele. “Temos 104 cultivares registrados no Sistema de Registro Nacional do MAPA. O Projeto Genoma já identificou 33 mil genes do cafeeiro, há diversos clones em estudo ou disponíveis, e a possibilidade de estudar os transgênicos, que hoje são proibidos no Brasil, e indesejável em muitos mercados, mas esse quadro pode mudar no futuro”, afirmou.

 

As ferramentas para aumentar o teto produtivo da cafeicultura nacional, segundo Fazuoli, são resultado de investimentos de recursos em pesquisa, algo que, na opinião do pesquisador, tem de ser intensificado. “A alocação de recursos na pesquisa e assistência técnica do café é eficiente. Graças às novas cultivares desenvolvidas, ao melhoramento de solo, ao trabalho dos pesquisadores, estamos transformando a cafeicultura brasileira”, concluiu.

 

O 12º Agrocafé é uma realização da Assocafé, juntamente com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Centro do Comércio de Café da Bahia, tendo como patrocinadores o Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria da Agricultura (Seagri) e da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ministério da Agricultura (MAPA), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae e Petrobras.

 

Catarina Guedes

Imprensa Agrocafé

(71) 3379-1777

catarinaguedes@agripress.com.br

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