IHARA apresenta a sua tecnologia para a cultura cafeeira na 12° FEMAGRI
Plenário cheio e público atento a mais um dia de programação do 14° Simpósio Nacional do Agronegócio Café - 14° Agrocafé. A programação foi aberta com a palestra do provador a e juiz de café internacional, Silvio Leite, falando sobre a geografia da produção e de sabores dos cafés produzidos no mundo. À tarde, a relação entre meio ambiente e cafeicultura serão debatidos no contexto do Novo Código Florestal. Participarão do painel o secretario de Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, e o presidente da Comissão de Café da CNA, Breno Mesquita. O painel, marcado para ocorrer entre as 14h e 15h, será coordenado pelo presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho.
O presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia- Assocafé, João Lopes Araújo, avalia positivamente o primeiro dia do evento. “Confirmou-se a nossa expectativa de sucesso. As palestras de ontem abordaram não apenas os temas candentes ligados, especificamente, ao agronegócio, como tecnologia e práticas agrícolas, como também ao consumidor final. Exemplo disso foi a palestra sobre café e saúde, que despertou não apenas o interesse dos meios de comunicação de massa, como dos próprios produtores rurais, que também são consumidores e têm suas duvidas e curiosidades sobre o tema”, disse João Lopes Araújo.
O aquecimento global e o impacto deste no agronegócio café também foi um tema concorrido. A palestra foi proferida pelo pesquisador da Embrapa, Eduardo Assad. O tema ganhou contornos preocupantes, principalmente em função da estiagem pela qual passa a Bahia, e que, segundo o secretário de Agricultura do estado, Eduardo Salles, é a pior da história.
Segundo Assad, o café é uma das culturas mais vulneráveis ao problema, precedido apenas pelo milho e pela soja. Depois dele, vêm arroz e feijão. Todos essas culturas são básicas na alimentação do brasileiro. As altas temperaturas provocam o abortamento da flor do cafezeiro, impedido que elas gerem o fruto, que é o próprio café. Pelos estudos da Embrapa, iniciados em 2000, o café arábica é mais o vulnerável à seca. Já o robusta é mais resistente. Segundo Assad, de 1960 até hoje, a temperatura no planeta subiu um grau centígrado, resultado que se deve em grande parte ao aumento da concentração de gases de efeito estufa. “Há quinze anos, a Embrapa alerta dos produtores para o problema”, disse Assad.
O Agrocafé 2013 é uma realização da Associação de Produtores de Café da Bahia – Assocafé, Federação da Agricultura do Estado da Bahia – Faeb, e Centro do Comércio de Café da Bahia.
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