CAE da Embrapa Agropecuária Oeste elege presidente e define estratégias
Cerca de 60 propostas para o fortalecimento dos serviços de assistência técnica e extensão rural aos agricultores familiares de Minas Gerais serão apresentadas na conferência nacional sobre o tema, que será realizada em Brasília, no período de 23 a 26 de abril. Os documentos foram aprovados nesta quinta-feira (15) pelos representantes do segmento reunidos, em Belo Horizonte, durante a conferência mineira para discutir o assunto, numa iniciativa da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Nos três dias de realização do encontro, foram debatidas questões relacionadas com a assistência técnica e extensão rural e o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. O tema interessa, principalmente, a um contingente de cerca de 720 mil agricultores localizados em 440 mil estabelecimentos no Estado, segundo dados da Secretaria.
De acordo com o subsecretário de Estado de Agricultura Familiar, Edmar Gadelha, o evento atingiu o objetivo de buscar sugestões que possam contribuir para o aprimoramento da política estadual e nacional de assistência técnica e extensão rural. Um dos destaques é a proposta de criação de programas permanentes de educação não formal dirigidos aos integrantes da agricultura familiar. “A educação é de fundamental importância para a consolidação de práticas sustentáveis”, enfatiza o subsecretário.
Gadelha acrescenta que outra proposta de consenso para apresentação na conferência nacional se refere à revisão do sistema de financiamento do programa de assistência técnica e extensão rural. Atualmente, os recursos disponibilizados por ano pelo governo do Estado, prefeituras e governo federal, são respectivamente da ordem de R$ 220 milhões, R$ 80 milhões e R$ 20 milhões. De acordo com os participantes da conferência estadual, é necessária uma participação maior da União.
Além disso, a conferência estadual aprovou a apresentação de diversas propostas com o foco exclusivo no desenvolvimento da assistência à mulher e aos jovens da agricultura familiar. “Principalmente que as mulheres possam ter mais autonomia na atividade, e neste contexto que seja reconhecida, por exemplo, a sua condição para assumir por conta própria compromissos junto às instituições de crédito para o desenvolvimento de projetos de agricultura familiar. Um reforço a essa proposta é que sejam consideradas de agricultura familiar todas as atividades realizadas no estabelecimento, muitas sob a iniciativa das mulheres”, explica Gadelha.
O subsecretário de Agricultura Familiar ainda observa que grande parte das propostas aprovadas na conferência estadual inclui a necessidade de uma atenção especial ao fortalecimento da agroecologia na agricultura familiar de Minas Gerais.
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