Produção de cana bate mais um recorde
A demonstração de sete tecnologias agropecuárias atraiu cerca de 900 pessoas a uma Tarde de Campo, quinta-feira (29/04), na propriedade de Nilton e Santo Polesello, em Nova Prata/RS.
Os participantes puderam conferir tecnologias práticas, viáveis e sustentáveis que podem ser implantadas nas propriedades rurais, nas áreas de secagem de cereais com secador solar, manejo do pomar de citrus, cultivo e uso de plantas bioativas, aquecimento solar de água com materiais recicláveis, armazenamento de cereais, manejo de dejetos com biodigestores e agroindústria familiar, além de exposição de máquinas e equipamentos agrícolas. A promoção foi da Emater/RS-Ascar, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Prata e Secretarias Municipais da Agricultura e Abastecimento e da Educação e Cultura.
Durante a Tarde de Campo foi inaugurado o secador de grãos com energia solar, que é o primeiro no município. O equipamento aproveita a energia do sol para aquecer o ar de secagem, não sendo necessário utilizar lenha ou gás, por exemplo. O secador, com capacidade para secagem de 350 sacos de cereal por vez, e os dois silos, com capacidade de armazenagem de 2.250 sacos, custaram R$ 28 mil. “É um investimento um pouco alto, mas financiamento existe”, salientou o agrônomo da Emater/RS-Ascar, Vanderlei Laude. Ele explicou sobre a construção, funcionamento e benefícios do secador. “Com relação à qualidade, não tem milho igual” salientou. O secador não queima nem trinca o grão, não destrói as proteínas e vitaminas pelo calor e não deixa cheiro de fumaça. Durante a safra do milho, podem ser feitas em torno de 15 secagens. “Se o produtor for comercializar o grão, ele tem um ganho no mínimo 10% superior ao valor do milho de cerealistas. Agrega valor pela qualidade”, enfatizou Laude.
Outra alternativa, que também agrega valor aos alimentos, é a agroindustrialização, A Emater/RS-Ascar apresentou o trabalho desenvolvido nesta área, juntamente com entidades parceiras. Entre as vantagens de o produtor processar os alimentos estão: o aproveitamento de frutas que não tem tamanho ou qualidade para serem comercializadas in natura, a diversificação dos sistemas produtivos, e a geração de emprego e renda. “”Muitos filhos de agricultores que tinham ido trabalhar na cidade estão voltando para o interior para trabalhar nas agroindústrias familiares, pois a rentabilidade tem sido melhor. Além disso, as agroindústrias fortalecem o mercado local, pois o dinheiro fica no município”, explicou o veterinário da Emater/RS-Ascar, Ricardo Capelli. De acordo com ele, um dos fatores que potencializa a atividade é a busca crescente dos consumidores por produtos do tipo colonial, sem conservantes e produtos químicos. Já no que se refere ao aspecto ambiental, as pequenas indústrias familiares têm mais facilidade para obter licenciamento ambiental e são menos poluentes que as grandes. “ A Emater/RS-Ascar dá toda orientação para que os interessados possam construir, licenciar e legalizar sua agroindústria”, concluiu. Nesta estação, o público pode degustar produtos da agroindústria familiar de Nova Prata, como sucos, cucas, biscoitos e embutidos.
A intenção é que a Tarde de Campo motive os agricultores. “Queremos desafiar para que a partir desse encontro tenhamos vários novos empreendimentos na agricultura de Nova Prata”, disse o secretário municipal da Agricultura e Abastecimento, Marcos Petrikovski.
Rejane Paludo
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional Caxias do Sul
(54) 3223-5633 /
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