Simpósio de Agricultura debate alternativas sustentáveis para agricultura
Nada de enfrentar congestionamentos ou filas. Nem o estresse tão comum atualmente nos grandes centros urbanos. Consumir alimentos colhidos direto da terra. O estilo de vida tão sonhado por muitos é realidade para Serenito Tambani, de 36 anos. O agricultor trabalha em Ibirama, no interior de Santa Catarina e se adapta perfeitamente a letra da conhecida canção da dupla Tonico e Tinoco. “De que me adianta viver na cidade se a felicidade não me acompanhar”. Ele não pensa mesmo em mudar da propriedade que pertence a família há cinco décadas. “A rotina é pesada. Acordo cedo e trabalha o dia todo. Mas gosto de morar aqui. A vida é simples, mas tranqüila e muito boa”, explica.
O amor pela terra veio do pai. “Ele também era agricultor e ensinou muito pra gente”, diz. Além do exemplo da família, outra iniciativa tem estimulado o setor agrícola e quem vive dele em Ibirama. O projeto pioneiro no país chamado de “Cuidando na Qualidade de Vida na Agricultura” fez aumentar a movimentação econômica do município neste setor em 163%. De R$ 5 milhões em 2009 para R$ 13,2 milhões em 2010, segundo dados da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (AMAVI). A iniciativa já é lei e funciona através da troca de benefícios por ações positivas dos agricultores. Hoje 202 famílias estão inscritas no programa.
O projeto transforma pequenos gestos como participar de reuniões e cursos, devolver as embalagens de agrotóxicos, dar a destinação correta ao lixo domiciliar, preservar a mata ciliar e desenvolver o turismo rural - em pontos. A pontuação somada durante o ano resulta em benefícios gratuitos do poder público aos agricultores, como serviços de máquina, transporte da produção e insumos. “É a valorização dos agricultores e uma troca em que todo mundo sai ganhando. A ação faz melhorar e aumentar a produção das propriedades, preserva o meio ambiente e ainda ajuda no desenvolvimento do município”, comenta o secretário de desenvolvimento econômico e meio ambiente e idealizador do programa, Jaime Juarez Schulz.
A ação facilitou a rotina e resgatou a auto-estima dos agricultores de Ibirama. “Ano passado eu não tinha me inscrito no programa. Aí eu vi as máquinas atendendo aos meus vizinhos. Este ano fiz questão de ser um dos primeiros a fazer a inscrição. Já consegui 6 horas de trabalho de uma máquina que eu não teria como pagar. É um benefício direto para a nossa necessidade”, comenta.
Fonte: Oficina das palavras Assessoria de Imprensa
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